“O romancista está livre, o biógrafo amarrado”: Virginia Woolf e a biografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Leite, Gabriel Wirg
Orientador(a): Pereira, Antonio Marcos da Silva
Banca de defesa: Costa, Suzane Lima, Pinho, Dairi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31644
Resumo: A biografia tem tido cada vez mais destaque nos debates críticos contemporâneos, marcados, entre outras coisas, pelo rompimento cada vez maior das fronteiras que separam os gêneros textuais e literários, por novos estatutos estéticos e por diferentes concepções de subjetividade e identidade. Diante disto, escolhi como recorte deste trabalho a crítica do gênero biografia feita pela escritora Virginia Woolf em seus dois principais ensaios sobre o tema, e a relação do pensamento articulado em tais ensaios com o que ela realizou em Orlando, livro que tem “uma biografia” como subtítulo. Para tal, faço considerações sobre o gênero biográfico, analiso os referidos ensaios - The new biography e A arte da biografia – e a relação do pensamento da escritora no tocante ao campo no qual estava inserida. Em seguida, apresento algumas críticas contemporâneas do pensamento de Woolf sobre a biografia, analisando, por fim, Orlando. Tal análise é feita em virtude dos pontos tratados nos capítulos anteriores, tais como: a repercussão das produções de Lytton Strachey e Harold Nicolson na obra, a mistura de autobiografia com biografia e ficção, e as quebras de paradigmas não só epistemológicos ou artísticos, mas também de subjetividade, identidade, gênero e sexualidade.