Forma autorreflexiva e experimentação ensaística em alguns contos de Virginia Woolf

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Queiroz, José Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-29122021-175739/
Resumo: A presente dissertação analisa alguns contos de Virginia Woolf buscando compreender sua complexidade e diversidade temática e formal. Parte-se da proximidade entre dois contos e a produção ensaística da autora. \"An Unwritten Novel\" toma como premissa de seu enredo o mesmo argumento básico da anedota usada pela autora em seus ensaios sobre ficção para ilustrar o nascimento de um romance na mente de um escritor. O conto produz no leitor, simultaneamente, um olhar para a história contada e para os modos de apreensão da matéria. \"Memoirs of a Novelist\" assume a forma dupla de conto e de ensaio que critica a biografia de uma romancista, discutindo temas recorrentes na ensaística de Woolf, como a escrita como ofício para mulheres e os problemas do gênero biografia, além de transformar a autora da biografia em personagem. Em seguida, analisa-se um conjunto de outros contos da autora: \"The Shooting Party\", \"Moments of Being: \'Slater\'s Pins Have No Points\'\", \"A Lady in the Looking-Glass: A Reflection\", \"The Journal of Mistress Joan Martyn\", \"The Legacy\", \"The Searchlight\", \"Gipsy, the Mongrel\" e \"In the Orchard\". Nesses textos, a autora explora diferentes maneiras de investigar não apenas os objetos de interesse dos narradores, mas as implicações e os pressupostos (ideológicos, históricos, sociais etc.) das escolhas formais de cada ato narrativo. Em sua ficção curta, Woolf trabalha com certas possibilidades autorreflexivas do conto, investigando e experimentando as formas e, nesse impulso exploratório, aproximando sua contística da forma do ensaio, como compreendida por Adorno.