Autoconhecimento, ceticismo e linguagem na filosofia de Stanley Cavell

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Rafael Fernandes Mendes dos lattes
Orientador(a): Azize , Rafael Lopes
Banca de defesa: Medeiros, Eduardo Vicentini de, Silva, Anderson Bogéa da, Silva, João Carlos Salles Pires da, Silva Filho, Waldomiro José da, Azize, Rafael Lopes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39718
Resumo: As conexões da filosofia da linguagem ordinária (FLO) de Cavell com os temas do ceticismo, da possibilidade de atribuir significado à linguagem e do autoconhecimento constituem maneiras de pensar as condições para expressar situações da mente (plight of mind) e as circunstâncias que permitem ao indivíduo comunicar uma condição humana específica. Nesse sentido, os usos mais comuns e naturais de uma linguagem ordinária revelam um ponto de partida para a reivindicação do reconhecimento mútuo de ações e palavras. Na FLO de Cavell, o estatuto epistêmico da noção wittgensteiniana de critério implica uma visão das relações entre os indivíduos e deles com o mundo assentada na crítica à reivindicação cética por conhecimento indubitável. Isso significa que os vínculo significativos entre pessoas que buscam se comunicar, em situações concretas de interação intersubjetiva, dependem de uma aceitação da natureza frágil dos acordos em juízos que estabelecem os critérios para usos significativos da linguagem. Assim, a filosofia da linguagem ordinária se vincula às possibilidades de autoconhecimento a partir de uma reivindicação ao outro do reconhecimento dos critérios que orientam expressões subjetivas, a exemplo das expressões de amor, alegria, dor, descontentamento etc. como forma de comunicar uma condição humana num contexto específico de interação intersubjetiva. Nesta tese, procuro abordar esses temas a partir de interlocuções entre Cavell, Kripke, Descartes, Shakespeare e Wittgenstein, para sugerir a FLO como uma atividade filosófica que pretende esclarecer as condições de mutualidade, ou seja, as condições para uma efetiva comunicação intersubjetiva, e que enseje autoconhecimento.