Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Malheiro, Luana Silva Bastos |
Orientador(a): |
Edward, MacRae |
Banca de defesa: |
Alencar, Roselene Cássia de,
Marques, Diego Ferreira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28468
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Resumo: |
Este estudo de caráter etnográfico teve como objetivo investigar a cultura de uso de crack entre mulheres com trajetória de vida nas ruas do Centro da cidade de Salvador, compreendendo, a partir da dinâmica desta cultura, a importância da construção entre pares dos controles sociais informais, bem como dos controles sociais formais advindos de uma sociedade estruturada a partir de opressões. Com a finalidade de observar o cotidiano da vivência desta cultura, procedi ao acompanhamento das parceirass da pesquisa nas cenas de uso de crack. Posteriormente, o trabalho de campo me conduziu para o acompanhamento dessas mulheres em outros trajetos urbanos de busca por serviços de assistência, saúde e justiça, bem como a construção de um grupo local de militância feminista. Por meio da bibliografia de referência para o tema foi possível direcionar o meu olhar para a compreensão da gramática de violência cotidiana direcionada a essas mulheres, acirrada pelo direcionamento de uma política de drogas que utiliza a estratégia de guerra às drogas que tem se apresentado como uma guerra contra as mulheres. Como resultado reflito que a grande maioria das mulheres investigadas recorrem ao uso abusivo de crack como método para aliviar o sofrimento de violências de gênero e raciais sofridas ao longo de suas trajetórias de vida, bem como elaboram estratégias políticas de resistência, proteção e mobilização entre mulheres. Concluo pontuando que a politica de drogas, tal como se apresenta na atualidade, reforça opressões de raça, gênero e classe constituindo uma arena marcada pela injustiça social na vida das mulheres. A resposta a essas opressões aparecem na pesquisa a partir da construção do campo do feminismo antiproibicionista que tem organizado politicamente mulheres afetadas pela guerra as Drogas. |