Escrita pela vivência: memória em letra reexistindo as identidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rocha, Carla Dias lattes
Orientador(a): Souza, Ana Lúcia Silva
Banca de defesa: Souza, Ana Lúcia Silva, Santos, José Henrique de Freitas, BARBOSA, Lícia Maria de Lima
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado Profissional em Letras - (PROFLETRAS) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34965
Resumo: Esta pesquisa consiste num memorial de formação em que a mestranda analisa reflexivamente a sua vida intelectiva-profissional e apresenta uma proposta didático pedagógica pautada no objetivo de instrumentalizar a leitura e a produção de textos do gênero textual relato de memória de estudantes de uma turma da oficina preparatória para o ENEM e certames em geral da Escola Parque, localizada no bairro da Liberdade, em Salvador Bahia. Tal propósito espera-se alcançar com o implemento de oficinas pedagógicas cunhadas como parte integrante da confecção deste memorial intitulado: Escrita pela vivência. Memória em letra reexistindo as identidades. O objetivo geral deste estudo é propor um percurso formativo aos docentes, por meio de um Caderno Pedagógico (produto) para proporcionar situações que favoreçam ao estudante, refletir sobre sua realidade, que envolva suas lembranças reais e vividas, que levem os estudantes a relacionarem aquilo que está sendo discutido nas aulas com a sua própria vida. Desse modo, criar situações para a escrita em movimentos de escuta e/ou narrativas de vida, cadenciando as ideias para a construção de um relato de memória. A escolha do gênero relatos de memória deve-se ao fato de que, ao rememorar histórias, e aqui mais enfaticamente, a memória de si, acredita-se ser possível a cada estudante encontrar um ponto de partida para a produção de escrita autoral. Falar de si, entretanto, exige confiança, autoestima e sobretudo, afirmação da própria identidade. Assim é que reexistindo as identidades, sobretudo a identidade negra, por meio da proposta de leitura, reflexões, rodas de conversa em classe, espera-se implementar elementos ideológicos, discursivos e linguísticos que instrumentalizem os estudantes nessa produção textual. Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Essas perguntas permearão nosso percurso didático já que a mestranda apresenta ainda elementos para aprendizagens antirracistas como parte integrante desse cunhar e reconhecimento das identidades dialogando com as nossas origens em solo africano. A atual pesquisa consiste em uma perspectiva qualitativa de cunho narrativo, embasada em concepções teórico-metodológicas de língua, texto e sujeito numa visão sócio-cognitiva-interacional de Koch (2011), Marcuschi (2008), dos letramentos de Ângela Kleiman (1995), de Letramento de Reexistência de Ana Lúcia Souza (2011), dos estudos e conceitos sobre raça e racismo de autores como Nilma Lino Gomes (2017), Ana Célia Silva (2011), Abdias Nascimento (1978), entre outros e sobre o estudo da trajetória de Anísio Teixeira como ativista e entusiasta da educação e da escola pública brasileira. O atual trabalho está chancelado à linha de pesquisa Leitura e Produção Textual: diversidade social e práticas docentes e vincula-se ao Programa PROFLETRAS – Mestrado Profissional em Letras da UFBA.