Moda afro-baiana: comunicação e identidade através da estética afro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gonçalves, Veruska Barreiros
Orientador(a): Pereira, Cláudio Luiz
Banca de defesa: Cidreira, Renata Pitombo, Figueiredo, Ângela
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Estudos Étnicos e Africanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23958
Resumo: Nesse trabalho vamos analisar cultura, identidade e estética negra a partir da produção de uma moda "afro baiana” em Salvador, cidade conhecida pela forte tradição assentada nas matrizes culturais de origem africana, que indicam tendências à formação de posturas identitárias, estético-políticas que evocam um pertencimento e privilegiam a ancestralidade. O nosso objetivo é analisar se essa moda realmente existe, qual o seu papel na construção da identidade e das características étnico-raciais, se ela reafirma e difunde a cultura negra neste momento histórico. O estudo da apropriação da moda no processo identitário da afrobaianidade é analisado dentro dos parâmetros de afirmação e comunicação. Vamos abordar sobre a identidade africana criada dentro do contexto baiano e as implicações dessa cultura na sociedade através da criação da moda afro-baiana, da valorização da estética negra no contexto de Salvador, e da importância da moda como articuladora de sociabilidades específicas através da história. Identificamos produtores e matrizes culturais de moda afro na cidade, analisando quem são esses produtores, como se constrói essa moda, em que cenário se desenvolve, o que essa moda quer comunicar, e quais as implicações e transformações ocorridas com o negro na cultura baiana. O negro está sempre recriando e reinterpretando as formas de expressão estética, e o uso dessa estética pode se dar por questões políticas, pela beleza da indumentária ou por um processo de identificação. Concluímos que as roupas asseguram uma identidade, diferindo grupos, e os baianos adotam a moda afro valendo-se de uma orientação moderna e contemporânea e da representação de uma África mítica criada por sujeitos que vivem em centros urbanos ocidentais de onde retiram a sua imagem da negritude. Essa moda evoca sinalizações, é apoiada por uma determinação ideológica, está paulatinamente se desenvolvendo, mas ainda não atingiu um grande mercado consumidor.