Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Brasiliano, Ana Paula Bandeira de Mello Barbosa
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Orientador(a): |
Fernandes, Andréa Hortélio
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Banca de defesa: |
Fernandes, Andréa Hortélio
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Chatelard, Daniela Scheinkman
,
Pontes, Suely Aires
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
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Departamento: |
Instituto de Psicologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39857
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Resumo: |
A escolha do tema de pesquisa foi construída a partir da prática clínica desta autora, fundamentada pela teoria psicanalítica em hospital e em consultório particular. Nesta, foi possível evidenciar que, em pacientes com sintomas no corpo que supõem ter uma urgência médica, ao serem escutados, observa-se que as manifestações estão sob o registro do psíquico e não são passíveis de ser tratadas, exclusivamente, pela medicina. Desde os primórdios, a teoria psicanalítica constatou que o corpo é atravessado pela linguagem, deixando marcas que apontam para o real do sintoma. O caso elegido foi o que melhor representou a temática da pesquisa, pois se trata de uma mulher jovem que chega com queixa de “falta de ar no coração” e, ao falar sobre isso, passa a interrogar-se sobre o que falta na condição de ser mulher. A construção do caso clínico como método torna legítimo o que se decantou da experiência analítica, deixando claro que o sujeito não é o caso, nem o relato da história, pois, assegurada pela ética do bem dizer, a psicanálise apresenta-se não só como tratamento, mas também como pesquisa. E, ao tratar o que há de real no sintoma, enquanto um acontecimento de corpo, assume a posição de extraterritorialidade em relação à medicina, fundamentando a hipótese de que o corpo goza, o que torna necessário incluir a dimensão do gozo no tratamento psicanalítico do corpo. A escuta da falha epistemo-somática aponta para a relevância desta pesquisa quando corrobora que o sintoma tratado pela medicina pode coexistir com o sintoma que faz questão para o falasser. E este, somente se falado sob transferência pode ser transformado em enigma, para que assim o sujeito cindido possa construir um saber sobre sua verdade, ainda que não-toda. Diante disso, surgiu a seguinte pergunta: em que medida os fenômenos corporais, tais como a conversão histérica, convocam a psicanálise, na contemporaneidade, a tratar o corpo a partir da falha epistemos-somática? Para responder a essa pergunta, foi traçado o objetivo geral do estudo: investigar a leitura da psicanálise a respeito do conceito de sintoma como acontecimento de corpo, a partir de um caso clínico de conversão histérica, sendo definidos os seguintes objetivos específicos: discutir o tratamento dado ao corpo pela medicina e pela psicanálise; identificar a diferença e as aproximações entre o sintoma de conversão histérica e o sintoma como acontecimento de corpo; examinar a relação entre corpo e gozo na clínica psicanalítica; analisar o manejo da transferência no tratamento dado ao sintoma como acontecimento de corpo. |