Considerações psicanalíticas sobre um mercado de gozo: a pretensão de dizer o que quer uma mulher
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14709 |
Resumo: | A tese Considerações psicanalíticas sobre um mercado de gozo: a pretensão de dizer o que quer uma mulher parte das elaborações de Freud e Lacan diante do enigma do sexo no inconsciente. Iniciamos abordando uma desnaturalização da sexualidade humana: o inconsciente não conhece a anatomia, não reparte homem e mulher, e isso, literalmente, não basta. Lacan radicalizará essa problemática ao postular um campo de gozo que apresentamos, segundo a teoria dos discursos, como operadores de laço, enquadres dado ao gozo, nos quais algo de intratável sempre resta. Do caminho desses discursos como quadrípodes giratórios ao discurso do capitalista, seguimos os achados de Lacan sobre este último discurso em especial. Se Freud pôde sustentar o enigma sobre o que quer uma mulher, o discurso do capitalista, ao contrário, visa a sua foraclusão. Com respostas alicerçadas pelas tecnociências, que vão de ajustes magnéticos e genéticos a toda sorte de engenharias e acoplamentos, o discurso do capitalista pretende a supressão do mal-estar. Sua operação visa passar do mal-estar inerente à falha significante em relação ao gozo, a um pretenso bem-estar comum pronto a ser adquirido no mercado. Freud deixou a indicação de que seguíssemos os poetas se quiséssemos saber algo mais sobre o enigma da mulher. Com essa orientação, escolhemos dois filmes de cineastas conhecidos pelo fato de suas obras se caracterizarem por retomar a radicalidade da interrogação freudiana. São eles: A pele que habito, de Pedro Almodóvar; e Ninfomaníaca, de Lars Von Trier. Como artistas, eles dizem da impossibilidade de saber o que é isso que tanto se classifica e se nomeia no mercado. No avesso de uma resposta massificada sobre o que é uma mulher, via acoplamentos e ajustes plásticos, eles suspendem os critérios do anatômico/mercadológico para nos deixar perplexos diante do nonsense humano, demasiadamente humano |