Professor Faustino, o “Doutor bota-mão”: um “curandeiro” na Bahia do limiar do Século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rocha, Rafael Rosa da
Orientador(a): Sampiao, Gabriela dos Reis
Banca de defesa: Weber, Beatriz Teixeira, Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23397
Resumo: Esta dissertação discute a passagem de Faustino Ribeiro Junior pela Bahia – um “curandeiro” branco, letrado e de família tradicional – colocando em perspectiva a repercussão que ele causou na sociedade da época. Quando passou pelo Estado, nos idos de 1903, no contexto das reformas urbanas e sanitárias, as elites da sociedade baiana viviam numa constante busca pelo que se queria “civilizado”, “progressista” “moderno” em consonância com o discurso da recém-inaugurada República. Nesse cenário, a presença de Faustino fez com que, de maneiras bastante diferentes, periódicos locais que tinha por marca vinculação a grupos políticos utilizassem de sua imagem para tentar se projetarem no jogo político. O curador foi visto pela Inspeção de Higiene como elemento que representava atraso para a sociedade baiana, perseguindo-o e mobilizando os artifícios disponíveis na época para coagir o “curandeiro”. Tem por objetivo apresentar e analisar, no cenário hostil às práticas de cura não oficiais, como as questões de saúde, jurídicas, políticas e sociais permeavam a atuação de Faustino. Buscamos problematizar tais questões para compreender a relação entre a Inspeção de Higiene, “o governo” e a Justiça.