E=MC²: experimentações de cartas nas esquinas de Um teste de resistores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Alves, Suany Lima da Carneiro lattes
Orientador(a): Costa, Suzane Lims lattes
Banca de defesa: Costa, Suzane Lima lattes, Ornellas, Sandro santos lattes, Fonseca, Aleilton santana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35172
Resumo: Este trabalho buscou experimentar as esquinas do livro “Um Teste de Resistores” (2016) da Marília Garcia. O livro funciona como um gatilho poético para as experimentações em cartas e fotogravuras endereçadas a um “você” que se faz de muitas pessoas, lugares, acontecimentos durante o período do mestrado. As cartas são fragmentos que compõem um ateliê afetivo, como pude perceber nas curvas do livro. Muito do que li em Marília está sob a ordem do fragmentário, dos cortes, das cisões, quebras e furos, nunca soube exatamente onde começa e termina Um Teste de Resistores (2016). Este livro contém uma massiva fonte de energia, um Universo de citações, ele é movimento, meio, por isso o chamo de mecanismo que se mistura com minha vida, visto que nunca consegui escrever sem paixão. “Explodi” nas leituras do livro e as palavras que enfrento em cada gesto de linguagem são tentativas de me haver com a biblioteca do mundo, diante de minhas leituras e passagens pela cidade. Essa dissertação trata disso e o que escrevo são “testes”, tentativas de criar imaginários pela via do desejo que é energia vital. Assim, tento pôr em movimento a trivialidade dos acontecimentos que fazem ressoar algum tipo de queda do banal. Um Teste de Resistores (2016) joga-me enquanto leitora para um campo geométrico labiríntico, no qual em cada esquina de verso encontro um nome de artista, uma poeta, um lugar, um filme e que pode ser realocado em outro contexto de outro poema. Passado e futuro se misturam e de fato não existe centro, sua geografia é lacunar e cheia de bifurcações, logo, completamente fragmentária. Marília traz a ideia de resistores como mote de “transformações”, mudar a percepção que temos das coisas, o livro e de possibilidades, sobretudo, a dissertação também. Um Teste de Resistores (2016) funciona como uma núcleo atômico que foi fissurado com minha leitura. Ademais, denuncio e apresento vida que pulsa, vida de pessoas comuns, lugares, situações para gerar memória no rastro de uma imagem. Nesta pesquisa, que mais se aproxima de uma aventura energética entre encontros e o livro Um Teste de Resistores (2016), procurei mostrar ao mundo o que vi. Desse modo, aqui se faz endereçamento de escrita como constituição de vida a partir de encontros energéticos com “você” e Um Teste de Resistores (2016).