Violência Infantojuvenil Intrafamiliar no contexto da pandemia de Covid-19 em Salvador, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Meira Rocha, Sileuza da Silva lattes
Orientador(a): Antón, Ana Rita Sokolonski lattes
Banca de defesa: Espiridião, Monique Azevedo, Antón, Ana Rita Sokolonski, Matta, Mônica
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39065
Resumo: Introdução – A COVID-19, doença derivada do vírus SARS-CoV-2, teve início em 2019, , na cidade de Wuhan, China, disseminou-se rapidamente no mundo e impôs à humanidade um isolamento social. Inicialmente proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em março de 2020, tal isolamento teve o objetivo de prevenir a doença e diminuir a contaminação pelo contato. Paralelamente à pandemia de COVID-19, outra foi descortinada: a violência contra crianças e adolescentes no meio intrafamiliar. O ambiente que deveria servir de proteção, o lar, tornou-se o lugar de várias tipificações de violência e homicídios. Objetivo – Analisar a ocorrência de violência contra infantes e adolescentes no ambiente domestico durante a pandemia da COVID-19, entre o período de janeiro de 2020 a janeiro de 2021, no município de Salvador, Bahia. Materiais e métodos – Fontes secundárias, com dados de janeiro de 2018 a dezembro de 2021, cedidas pela Coordenação de Documentação Estatística Policial (CDEP) constituídas de registros de violências cometidas contra crianças e adolescentes de 0 a 17 anos de idade, em ordem sequencial, na cidade de Salvador, Bahia. Inicialmente observou-se a prevalência dos diferentes tipos de violência, com caracterização de sexo e faixa etária das vítimas, mediante a análise descritiva das variáveis. Resultados – Foram registradas 1560, 1959, 1504 e 1362 ocorrências criminais contra o público infantojuvenil na cidade de Salvador (BA), durante os anos de 2018, 2019, 2020 e 2021, respectivamente. Houve uma expressiva associação entre ano do crime, natureza da violência perpetrada contra crianças e adolescentes, faixa etária da vítima, bem como cor ou etnia. Conclusão – Diante da complexa problemática em que a violência está estruturada, é imprescindível que o poder público garanta o cumprimento das leis já instituídas e avance na execução de políticas públicas que envolvam desde a atenção básica até componentes curriculares na educação básica, perpassando pelas universidades, a fim de qualificar os profissionais para lidar com esse fenômeno.