Erotismo e relações raciais no cinema brasileiro: a pornochanchada em perspectiva histórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Jairo Carvalho do
Orientador(a): Moura, Milton Araújo
Banca de defesa: Castro, Armando Alexandre Costa de, Brito, Gilmário Moreira, Oliveira, Laura, Bamba, Mahomed
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23336
Resumo: Esta tese tem por objetivo estudar as imagens e representações do negro, mulheres e homens, construídas em filmes da pornochanchada, por meio de cartazes e do conteúdo interno de suas histórias, analisando-as do ponto de vista da sexualidade e dos estereótipos raciais. O cinema é uma expressão artística que reflete os modos de ser, viver, pensar da sociedade. O espectador vê, se emociona, concorda com o ponto de vista de um filme ou dele discorda, sempre de acordo com a sua visão de mundo, sua ideologia. Aquilo que o filme mostra, aborda, portanto, é uma expressão dos valores de uma sociedade. É uma via de mão dupla: cinema e sociedade, sociedade e cinema, um alimentando o outro. Os filmes analisados situam-se entre os anos de 1973 e 1982, abarcando o momento de formação, consolidação e fim da pornochanchada, assuntos que serão abordados em capítulos específicos. Analisamos, ao todo, 15 pornochanchadas, sendo que, desse conjunto, 12 são as principais obras, objeto de pesquisa desta tese. A filmografia analisada é composta pelos seguintes filmes: Como é boa nossa empregada (1973), de Ismar Porto e Victor Di Mello; As granfinas e o camelô (1976), de Ismar Porto; Manicures a domicílio (1977), Carlo Mossy; A mulata que queria pecar (1977), de Victor Di Mello; As taradas atacam (1978), de Carlo Mossy; Bonitas e gostosas (1978), de Carlo Mossy; Histórias que nossas babás não contavam (1979), de Osvaldo de Oliveira; Uma cama para sete noivas (1979), de Raffaele Rossi; Delícias do sexo (1981), de Carlos Imperial; A menina e o estuprador (1982), de Conrado Sanches; Uma mulata para todos (1975), de Roberto Machado; Piranha de véu e grinalda (1982), de Roberto Machado. E mais três filmes secundários: As 1.001 posições do amor (1978), de Carlo Mossy; A gostosa da gafieira (1980), de Roberto Machado; e Giselle (1980), de Victor Di Mello. Tais filmes serão analisados em uma perspectiva histórica, em que procuraremos apresentar e discutir as representações e os estereótipos raciais que a comédia erótica construiu em relação ao negro, articulando arquétipos e categorias de tipos comuns com o pensamento e a concepção racial do povo brasileiro.