Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Maélli Arali Lima
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Orientador(a): |
Techio, Elza Maria
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Banca de defesa: |
Techio, Elza Maria
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Santana, Juliana Prates
,
Gonzaga, Paula Rita Bacellar
,
Gouveia, Raimundo Cândido de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
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Departamento: |
Instituto de Psicologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36625
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Resumo: |
Para entender a realidade social que as mulheres negras lésbicas vivenciam no Brasil, é preciso situar o quanto os processos sócio-históricos ainda estão vinculados à estereótipos, preconceitos e discriminações que reforçam estruturas de desigualdade e exclusão social. Logo, por meio desse estudo buscou-se evidenciar como se constitui a identidade das mulheres negras lésbicas, explorando as percepções que as entrevistadas possuem acerca das discriminações presentes no seu dia a dia e de que forma se associam ao seu bem-estar subjetivo. Nesse sentido, a literatura científica brasileira ainda carece de pesquisas que abordem a multiplicidade de categorias identitárias dessas mulheres, sobretudo na área da psicologia social. Para ilustrar, os estudos encontrados mostram que a depressão, os transtornos de ansiedade e o suicídio acometem em maior número a população LGBTQIA+, quando comparado à população heterossexual e cisgênero, sendo algumas das causas a LGBTfobia, exclusão familiar e vulnerabilidades sociais acometidas. Assim, para a realização dessa investigação foi essencial articular as lentes teóricas do feminismo negro acerca da interseccionalidade junto a algumas teorias da psicologia social acerca da identidade social e das discriminações, e da teoria da psicologia positiva sobre bem-estar subjetivo. A abordagem metodológica utilizada foi qualitativa, descritiva e exploratória, participaram ao todo 6 mulheres negras (pretas e pardas autodeclaradas), lésbicas, brasileiras e que compartilharam suas vivências por meio do questionário sociodemográfico e da entrevista narrativa episódica. Os resultados alcançados, por meio da análise temática, apontam como as discriminações produzem efeitos que geram sofrimentos emocionais e insegurança social, por outro lado, as estratégias individuais e coletivas de enfrentamento são destacadas pelas entrevistadas como recursos de promoção de autoestima e fortalecimento do pertencimento grupal. Nota-se com as narrativas das participantes o quando a psicologia social pode colaborar para a compreensão e valorização não apenas das múltiplas categorias de pertencimento identitário e seus entrelaces com os fenômenos grupais, mas como o racismo e lesbofobia podem trazer várias consequências para a vida dessas mulheres. Evidencia-se a necessidade latente de se pensar em possibilidades de trazer mais visibilidade para as demandas sociais e psicológicas dessas mulheres. Investindo-se no diálogo entre a psicologia social e as políticas públicas, como meio de promover qualificação profissional e melhorias no bem viver dessas mulheres. |