Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Luís Augusto |
Orientador(a): |
Faria, Maria da Graça Druck de |
Banca de defesa: |
Borges, Ângela Maria Carvalho,
Godinho, Luís Flávio Reis,
Barreto, Théo da Rocha,
Silva, Denise Vieira da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30386
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Resumo: |
Este estudo objetiva compreender as alterações que ocorrem no interior do Estado e na Universidade Pública para a produção de um novo pesquisador em tecnologia para o setor petrolífero. Constitui-se em uma investigação quali-quantitativa que fez uso da análise documental, bem como questionários e entrevistas semiestruturadas aplicadas a diversos atores envolvidos em três convênios da Agência Nacional de Petróleo (ANP) com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos (PRH), entre os anos de 2000 e 2017. Parte-se da hipótese de que há um processo de conformação da Universidade e da pesquisa tecnológica a uma nova ordem de cunho neoliberal cuja marca maior nos jovens pesquisadores é a flexibilidade. Concluiu-se que a ordem neoliberal interfere em várias esferas da vida e, principalmente, do Estado. Vários órgãos públicos traduzem essa ordem ao estabelecerem as empresas como a expressão máxima da sociedade. São elas o fim último da pesquisa, que geram empregos, garantem o progresso científico e tecnológico e induzem a competitividade que se traduz em crescimento e desenvolvimento econômico. Essa expressão encontra eco dentro de alguns setores de pesquisa da Universidade por causa das profundas mudanças pela qual o capitalismo passou a partir dos anos 70. Tem-se a difusão de uma nova linguagem, de termos econômicos próximos da economia ortodoxa e da constituição de uma rede em que o público e o privado se imiscuem e passam a falar uma linguagem quase comum: competição, competitividade, parcerias, inovação etc., e uma visão quase idílica da tecnologia, que se denomina, quando falamos da Universidade, Capitalismo Acadêmico. O PRH é uma faceta desta expressão, que encontra eco nos próprios alunos. Por conta de todo esse processo, essa flexibilidade já está incorporada e naturalizada. Em alguns casos, é tentar obter patentes, em outros, abrir uma empresa startup, ou, ainda, voltar para os bancos escolares para fazer um mestrado ou doutorado até que surja uma oportunidade de emprego. |