Apropriação de aspectos formativos de licenciandas em química por meio da escrita, reescrita e mediação da leitura de contos e a ficção científica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Tatiana Santos
Orientador(a): Bejarano, Nelson Rui Ribas
Banca de defesa: Silveira, Marcelo Pimentel da, Piassi, Luiz Paulo de Carvalho, Francisco Júnior, Wilmo Ernesto, Pinheiro, Bárbara Carine Soares
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Física
Programa de Pós-Graduação: em Ensino, Filosofia e Hístória da Ciência
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30084
Resumo: A pesquisa propõe investigar o grau de apropriação de aspectos formativos de licenciandas em química participantes do Programa de Iniciação à Docência, da Universidade Federal de Sergipe, por meio da escrita, reescrita e mediação da leitura de contos de ficção científica. Como aportes para discussão do uso da literatura de ficção científica no ensino de Ciências, utilizamos autores nacionais e internacionais que têm subsidiado as últimas pesquisas que buscam a interlocução entre Ciências e o Gênero de Ficção científica. Como fundamentação teórica, nos apoiamos na perspectiva de educação libertadora e na investigação temática de Paulo Freire, além de discutirmos alguns aspectos referentes às necessidades formativas de professores de Ciências, bem como sobre o programa de Iniciação à Docência e seu papel nesse contexto. Os dados foram coletados por meio de documentos e pela observação não participante. Os documentos analisados foram os contos escritos e reescritos, bem como as oficinas temáticas elaboradas pelas licenciandas para a mediação dos escritos em sala de aula. Selecionamos o conto por se tratar de gênero de leitura rápida, pouco cansativa. A análise da apropriação ocorreu pela via discursiva Bakhtiniana, sendo a apropriação percebida quando os sujeitos ressignificam os conceitos tornando-os próprios, em um processo enunciativo, onde as “palavras alheias” são reelaboradas dialogicamente a tal ponto que se transformam em “minhas alheias palavras”. Percebemos que a apropriação ocorria em maior ou em menor grau para diferentes aspectos formativos e, por isso, foram criadas três categorias emergentes denominadas de baixo grau de apropriação, grau intermediário e grau abstrato, para que pudéssemos diferenciar tais graus. A partir das análises realizadas, podemos afirmar que o processo de escrita e reescrita de contos contribui para a apropriação de aspectos formativos que englobam o campo conceitual, pedagógico e sobre contextualização enquanto mecanismo de articulação entre literatura e ciências, além de contribuir com a promoção de habilidades de escrita e de fomentar a criatividade. No que se refere as Oficinas Temáticas (OT), podemos dizer que demonstram um grau de apropriação abstrato. Essa classificação se deve, principalmente pelo fato de percebermos no decorrer da OT uma preocupação constante em promover a problematização.