INICIAÇÃO TEATRAL EM TEMPOS DE CRISE DA DEMOCRACIA NO BRASIL: A criação e a direção colaborativa como percurso artístico-pedagógico para a formação nos anos finais da educação básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: GIMMLER NETTO, Maria Amélia lattes
Orientador(a): MACHADO SANTOS, Gláucio lattes
Banca de defesa: Machado Santos, Gláucio, Salume Mendonça, Célida, Dal Gallo, Fabio, Janiaski Vale , Flávia, Schneider Alcure, Adriana
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: Escola de Teatro
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36571
Resumo: A presente tese trata de práticas de criação colaborativa e direção teatral voltadas para a iniciação teatral. O texto apresenta aspectos autobiográficos da trajetória artística da autora, as questões iniciais que moveram a investigação e a escolha metodológica da prática como pesquisa em artes. Experiências pregressas da autora na direção teatral fundamentam a discussão sobre o uso do termo criação colaborativa e direção rotativa de cenas. A direção teatral é problematizada a partir do trabalho de três diretoras da contemporaneidade, Mnouchkine, Bogart, Jatahy. São trazidas referências do campo da pedagogia teatral como o Jogo de aprendizagem brechtiano, o Drama como método de ensino e a noção de Diretor Pedagogo, respectivamente referenciados por Koudela, Cabral, Knébel e Haderchpek. A composição do pensamento crítico e a educação dialógica são abordadas a partir de aspectos da crise democrática brasileira, do enfraquecimento do debate de ideias, do empobrecimento da comunicação social e do cerceamento à liberdade de cátedra. Aspectos como diversidades culturais, copresença de saberes e colaboração são abordados pela autora em diálogo com Freire, hooks e Souza Santos. São apresentados e analisados dois laboratórios de criação colaborativa de cenas, ambos realizados na cidade de Pelotas/RS em 2018, sendo um na educação básica e um no ensino superior. Aprender a observar, imaginar, agir e avaliar colaborativamente foram aspectos experimentados pelos colaboradores nos laboratórios e depois descritos e analisados pela autora. A defesa da iniciação ao teatro em tempos de crise da democracia apoia-se na noção de democratização do conhecimento e da cultura, na problematização das autorias e coautorias, em diálogo com Chauí, Souza Santos, Brecht, Boal, Cornago, Saumell. Por fim a autora defende a necessidade do avanço das práticas teatrais de criação e direção colaborativa como percurso artístico-pedagógico para a formação nos anos finais da educação básica brasileira.