Diferenças entre crianças hospitalizadas com pneumonia adquirida na comunidade em dois hospitais-escola antes e após a implementação da vacina pneumocócica conjugada no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Priscilla de Oliveira lattes
Orientador(a): Carvalho, Cristiana Maria Costa Nascimento de lattes
Banca de defesa: Carvalho, Cristiana Maria Costa Nascimento de, Camargos, Paulo Augusto Moreira, Berezin, Eitan Naaman
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40093
Resumo: Objetivo: Nenhum estudo anterior comparou características de crianças hospitalizadas com pneumonia adquirida na comunidade (PAC) antes e depois da implementação da vacina pneumocócica conjugada (PCV) no Brasil. Nosso objetivo era preencher essa lacuna. Métodos: Crianças (4-59 meses de idade) hospitalizadas com PAC foram incluídas neste estudo prospectivo de base hospitalar realizado no Brasil, em 2003-2005 (período pré-PCV) e 2018-2020 (período pós-PCV). Pais/cuidadores foram entrevistados, prontuários médicos foram revisados e o cartão de vacinação infantil foi verificado. Todas radiografias foram lidas pelo mesmo radiologista pediátrico, cego aos dados clínicos. Pneumonia confirmada radiologicamente foi definida como presença de infiltrado pulmonar/derrame pleural. Resultados: No período pré e pós-PCV foram elegíveis 256 e 210 pacientes, respectivamente. Nenhum paciente recebeu vacinação de PCV no período pré-PCV e todos foram totalmente vacinados no período pós-PCV, quando as crianças eram significativamente mais velhas (24,4[12,8-37,5] vs. 19,4[11,6-31,0] meses, p= 0,001), roncos ao exame físico (52,4% vs. 35,1%), tratamento em unidade de terapia intensiva (16,2% vs. 1,4%) e uso de corticosteroides (60,0% vs. 35,5%) foram mais frequentes (todos p<0,001). No período pré-PCV, detecção de febre (62,4% vs. 21,4%), taquipneia (84,6% vs. 37,8%), tiragem torácica (55,7% vs. 30,0%) e pneumonia confirmada radiologicamente (76,6% vs. 47,1%), foram mais frequentes (todos p<0,001). Conclusão: As crianças vacinadas eram mais velhas e receberam mais frequentemente cuidados intensivos e corticosteroides. Entre elas, a detecção de febre, taquipneia, tiragem torácica e pneumonia confirmada radiologicamente diminuíram. Tais diferenças podem ser devido a possíveis frequências distintas dos agentes causadores da PAC em crianças secundárias à implementação da PCV10.