Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Amanda Beiral da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35331
|
Resumo: |
Streptococcus pneumoniae coloniza o trato respiratório superior humano, onde pode causar doenças brandas, como sinusite e otite média aguda, ou migrar para outros sítios e causar doenças mais graves, como pneumonia, bacteremia e meningite. As doenças pneumocócicas são mais frequentes em crianças, porém a população de risco também inclui adultos maiores de 65 anos e pessoas com comorbidades. Fatores socioeconômicos associados às características de aglomerados subnormais, como favelas, conferem maior risco para a aquisição de infecções pneumocócicas. No Brasil, são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10), no calendário de imunização infantil, e a 13-valente (VPC13), somente para pacientes de alto risco maiores de 5 anos. A VPC13 está disponível também em clínicas privadas de imunização. Embora haja recomendação para a vacinação de adultos com a VPC13 seguida por 2 doses da vacina polissacarídica 23-valente (VPP23), essas vacinas não são disponibilizadas gratuitamente para a população em geral. Apesar de efetivas, as vacinas conjugadas proporcionam proteção somente aos sorotipos que compõem a sua formulação. Além disso, após sua implantação, foi verificado o fenômeno de substituição de sorotipos associados a colonização e doenças. Portanto, como todas as vacinas pneumocócicas disponíveis atualmente são baseadas na cápsula polissacarídica, a busca por uma formulação vacinal composta por alvos proteicos, como PspA e pilus, se torna crucial. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a presença de genes de proteínas de superfície com potencial vacinal, especificamente os genes de PspA e pili em 35 amostras de pneumococos isolados de colonização de 384 adultos com idade ≥ 18 anos assistidos entre outubro e dezembro de 2016 em um Posto de Saúde do Programa Saúde da Família, no Morro do Preventório, em Charitas, Niterói/RJ. As 35 amostras foram submetidas à detecção e tipificação dos genes da proteína PspA e dos pili tipo 1 e 2 por PCR, tendo sido previamente caracterizadas quanto ao tipo capsular e perfil de resistência. Todas as amostras analisadas apresentaram o gene que codifica a proteína PspA. As principais famílias de PspA encontradas foram as famílias 1 e 2, presentes em 12 (37,1%) e 17 (40%) amostras, respectivamente. Seis amostras não puderam ser classificadas em famílias de PspA, entre as quais a não- susceptibilidade a penicilina (p=0,0009), assim como a eritromicina e clindamicina (p=0,0252) foi prevalente. Foi encontrada associação significativamente estatística entre a Fam1 de PspA e o sorotipo 35F/47F (p=0,0336) e à resistência a tetraciclina (p=0,0331). O gene associado a PI-1 foi detectado em duas (5,7%) amostras, enquanto o gene associado a PI-2 foi detectado em uma (2,9%) amostra. Formulações vacinais baseadas em PspA que venham a ser desenvolvidas para adultos deverão considerar a maior frequência das famílias 1 e 2 de PspA. Os dados obtidos nesse estudo poderão nortear a escolha de melhores alvos para o desenvolvimento de novas vacinas pneumocócicas |