Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Simakawa, Viviane Vergueiro
Orientador(a): Thürler, Djalma
Banca de defesa: Jesus, Jaqueline Gomes de, Colling, Leandro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19685
Resumo: Este trabalho tem como propósitos (1) fundamentar e caracterizar as categorias analíticas de cisgeneridade e cisnormatividade, propondo-as como relevantes para reflexões políticas, acadêmicas, existenciais sobre as diversidades de corpos e de identidades de gênero, assim como tecer reflexões autoetnográficas atravessadas pelas localizações, limitações e potências intelectuais desta autoetnógrafa acerca (2) dos dispositivos de poder institucionais e não institucionais cisnormativos que exercem colonialidades sobre estas diversidades, bem como sobre (3) as possibilidades de resistência e enfrentamento a estes cistemas de poder interseccionalmente constituídos. Para cumprir tais propósitos, a dissertação é composta por dois movimentos: no primeiro, o objetivo é promover diálogos sobre alguns dos conceitos que inspiram a proposição analítica de cisgeneridade, e trazem possibilidades epistêmicas e metodológicas ao trabalho, como os de autoetnografia, interseccionalidade, heterossexualidade, e branquitude. A partir de referenciais trans+feministas, queer e decoloniais, pretendese caracterizar a cisgeneridade como normatividade sobre corpos e identidades de gênero que os naturaliza e idealiza, em fantasias ciscoloniais, como pré-discursivos, binários e permanentes. O segundo movimento se constitui pela caracterização, a partir de análises autoetnográficas, de processos cisnormativos que estabelecem colonialidades do saber, poder e ser que operam violentamente através de cistemas. Contra estes processos cisnormativos e colonialidades cistêmicas, tentamos elaborar alguns caminhos decoloniais que possam promover autodeterminação, autonomia, dignidade e liberdade às diversidades corporais e de identidades de gênero, particularmente aquelas inconformes, interseccionalmente, às cisnormatividades.