Avaliação de Fármacos para o Tratamento da Leishmaniose Cutânea causada por Leishmania braziliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Laise Brandão
Orientador(a): Oliveira, Camila Indiani de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50394
Resumo: INTRODUÇÃO: No Brasil, a Leishmaniose Cutâneo-Localizada (LCL) é ocasionada, principalmente, pelas espécies Leishmania amazonensis e L. braziliensis. A LCL Segundo o Ministério da Saúde, já foi detectada em todos os estados brasileiros, com média anual de 28.568 casos registrados. Para o tratamento das leishmanioses, a droga de primeira escolha são os antimoniais pentavalentes. No entanto, o tratamento com estes fármacos está associado à uma toxicidade significativa além do crescente registro de casos de resistência às drogas. Assim, a procura por novos compostos leishmanicidas é necessária e urgente. O principal mecanismo de eliminação da leishmania é a produção de radicais livres pelo macrófago infectado, entre eles o óxido nítrico e o superóxido. OBJETIVO: Neste trabalho, avaliamos inicialmente o efeito de oxidantes e de antioxidantes sobre macrófagos infectados com L. braziiliensis. Nossa hipótese é que os oxidantes contribuem para a resolução da infecção experimental por L. braziliensis, enquanto os antioxidantes contribuem para a proliferação do parasita. Além disso, avaliamos também os efeitos leishmanicidas de dois compostos sintéticos, CMLD11494 e CMLD10498, identificados em ensaios de rastreabilidade de alta performance. MÉTODOS: Para isso, infectamos macrófagos derivados de medula óssea de camundongos BALB/c com L. braziliensis e L. major. Após infecção, tratamos as células com os compostos oxidantes, antioxidantes e com os CMLDs. Também tratamos as lesões dos camundongos causadas por L. braziliensis, com hidrogel de celulose bacteriana adsorvido com CMLDs para verificar o efeito leishmanicida in vivo. RESULTADOS: Nossos resultados mostram que, entre os oxidantes, o DETC induz a destruição dos parasitas intracelulares, como observado anteriormente, enquanto o TEMPOL, um antioxidante, exerceu o mesmo efeito. Quanto aos CMLDs testados, ambos induziram a destruição seletiva de amastigotas no interior dos macrófagos. Além disso, a aplicação tópica dos compostos formulados em um hidrogel de celulose bacteriana também impactou negativamente no desenvolvimento da LCL, em modelo experimental, bem como reduziu significativamente a carga parasitária. CONCLUSÃO: Coletivamente, estes resultados apontam para a possibilidade de investigação de novos compostos para o tratamento da LCL, sejam eles agentes conhecidos como o TEMPOL ou moléculas sintéticas como os CMLDs.