Hepatites virais por acidentes de trabalho no Brasil, 2007-2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carneiro, Técia Maria Santos Carneiro e
Orientador(a): D’Oliveira Júnior, Argemiro
Banca de defesa: D’Oliveira Júnior, Argemiro, Soares, Jorgana Fernanda de Souza, Ferreira Filho, Raymundo Paraná, Sobrinho, Carlito Lopes Nascimento, Araújo, Tânia Maria de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina
Programa de Pós-Graduação: em Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31608
Resumo: Introdução: As hepatites virais são doenças transmissíveis com perfil epidemiológico endêmico no Brasil. Podem ser transmitidas durante as atividades laborais por meio de acidentes de trabalho. As hepatites virais e os acidentes de trabalho fazem parte das doenças e agravos de notificação compulsória, sendo que as hepatites virais por acidentes de trabalho devem ser registradas após nexo técnico epidemiológico. Objetivo: Analisar os aspectos epidemiológicos das hepatites virais por acidentes de trabalho no Brasil, 2007-2014. Metodologia: Trata-se de uma investigação de caráter epidemiológica em que as análises permitiram desenhar tipos de estudos transversais, ecológicos e de avaliação da qualidade dos dados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A avaliação da qualidade dos dados das notificações apresentou classificação regular na completitude para a variável ocupação e forma clínica (>25,1% dos dados incompletos) e a inconsistência entre diferentes variáveis foi alta (>15%). Os fatores associados às hepatites virais por acidentes de trabalho foram: sexo feminino, idade superior a 35 anos, contato com paciente portador do vírus B ou C e exposição a acidentes com materiais biológicos (P<0,05). Em relação à tendência temporal das notificações foi crescente na região Centro-Oeste (P=0,02) e decrescente nos estados de Sergipe (P=0,03) e Tocantins (P=0,04). A densidade do número de casos foi alta nas regiões Sudeste e Sul e muito alta no estado de São Paulo. Houve diminuição da densidade quando comparado os períodos de 2007-2010 e 2011 2014. A distribuição dos casos foi maior para os vírus B e C e entre trabalhadores técnicos de nível médio. Em profissionais de saúde, a situação vacinal com esquema completo foi de 62,5% para hepatite B e 8,7% para hepatite A, sendo que o anti-HBs não foi realizado por 31% dos vacinados contra hepatite B. Considerações finais: É necessária a capacitação dos profissionais de saúde/responsáveis pelas instituições de saúde no preenchimento das fichas de notificação, assim como ações de intervenção nos ambientes laborais para prevenção das hepatites virais por acidentes de trabalho, além da exigência do cartão de vacina como passaporte admissional para o trabalho.