Paleoambiente deposicional e potencial gerador da formação Pojuca, Bacia do Recôncavo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Miranda, Flavia Lima e Cima lattes
Orientador(a): Santos, Luiz Carlos Lobato dos lattes
Banca de defesa: Santos, Luiz Carlos Lobato dos lattes, Garcia, Karina Santos lattes, Matanó, Ilene Abreu lattes, Dino, Rodolfo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente (POSPETRO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37758
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar as condições paleodeposicionais e o potencial para geração de hidrocarbonetos da Formação Pojuca, Bacia do Recôncavo. Para isso, foi realizado a caracterização geoquímica orgânica de 48 amostras provenientes de furo de sondagem (poço 9-FBA-79-BA), próximo da Cidade de Aramari, Bahia. Os teores de carbono orgânico total (COT) variaram de 1,24 a 4,85 % , denotando heterogeneiadade nas condições de produção e preservação da matéria orgânica. Os resultados da pirólise Rock Eval indicaram querogênio predominantemente do tipo I/II, e do tipo III em algumas amostras. O potencial gerador de hidrocarbonetos (S2) variou de pobre a excelente (1,26 a 26,56 mg HC/g rocha), baixa a boa concentração de hidrocarbonetos livres (S1) e temperatura máxima (Tmax) da pirólise Rock Eval indica imaturidade termal para a geração de hidrocarbonetos (<440oC), validados pelas razões pristano/ n-C17 e fitano/ n-C18> 1, esteranos C29 S/S+R, αββ/αββ+ααα, TS/(TS+TM), e pela maior abundancia de compostos NSO. Tais resultados foram coerentes com os valores de COT, sendo possível identificar que as amostras que apresentam os maiores teores de COT e valores de S2 têm elevados valores de IH (Índice de hidrogênio) e baixos valores de IO (Índice de oxigênio), corroborado pelo querogênio tipo I/II, validando portanto, a qualidade da matéria orgânica. Já as amostras com baixo potencial gerador têm elevados valores de IO e baixos de IH, proporcionalmente, configurando querogênio tipo III (maiores concentrações de fitoclastos e matéria orgânica oxidada). Através da análise de isotópos estáveis de carbono (-33,83‰ a -21,54‰) e das análises dos biomarcadores saturados, foi possivel inferir que o paleoambiente deposicional da Formação Pojuca foi lacustre, porém com variação de salinidade, indicada pela positivação dos valores de δ13C de algumas amostras, sugerindo um ambiente árido com muita evaporação da água, e que, possivelmente, em alguns momentos durante a deposição da Formação Pojuca houve aporte de águas salinas na bacia, favorecendo maior proliferação de algas em relação às bactérias.