Paleoambiente deposicional de folhelhos de seção neodevoniana da formação pimenteiras, borda oeste da Bacia do Parnaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Abreu, Neila Caldas
Orientador(a): Garcia, Karina Santos
Banca de defesa: Santos, Luiz Carlos Lobato dos, Antonioli, Luzia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geoquímica do Petróleo e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31700
Resumo: A Bacia Sedimentar do Parnaíba está situada no nordeste brasileiro em maior proporção e ocupa aproximadamente 600.000 Km²,possui uma espessura de coluna sedimentar que atinge cerca de 3.500 m e está distribuído pelos estados do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Bahia e Ceará. Das suas formações, o grande destaque é a Formação Pimenteiras, quefoi depositadadurante sucessivas transgressões e regressões marinhasdurante o devoniano. Durante a deposição dessa formação na idade do Frasniano,houve o evento deanoxía global através deuma grandeinundação marinha e um período de extinção em massa na Terra. Opresente trabalho tempor objetivodescrever o paleoambiente deposicionaldefolhelhos de seção Neodevonianada Formação Pimenteiras na borda Oeste da Bacia do Parnaíba.A coleta das amostras foi realizada no município Aparecida do Rio Negro (TO), em afloramentos ao longo da rodovia, onde haviafolhelhos negros e um possível contato entre as Formações de Pimenteirase Cabeça. A caracterização do ambiente deposicional por geoquímica e palinofácies, permitiram avaliar as condições deposicionais com tendências proximais ao longo da seção estudada.Os resultados do índice de carbono orgânico total (COT: 0,21 –2,43%)demonstram baixo a alto potencial de geração de hidrocarbonetos. Os dados da pirólise Rock-Eval sugerem pouca ou nenhuma geração natural e também imaturidade térmica, apresentando um baixo teor de hidrocarbonetos livres (S1) e baixos valores de Tmáx. Os valores de S2 indicaram baixo potencial de hidrocarboneto.Os resultados das leituras dos 300 componentes orgânicos em lâminas palinológicas das amostras de folhelhos, apresentam os principais gruposdematéria orgânica: Palinomorfos, Fitoclastos e Matéria Orgânica Amorfa (MOA). Algumas amostras resultaram de deposição em um ambiente com alto potencial de preservação e baixa energia com grande quantidade de MOA, porém com ambiente óxico. Outras amostras apresentaramambientes próximos a fontes terrestres, com maior presença de esporos e fitoclastos. Um grande número de prasinófitapertencentes aos gêneros Pterospermella, Cymatiosphaera, Durvenaysphaera, Leiosperidia, Tasmanites, Hemiruptia e Maranhitesforam identificados, indicandoque houveingressão marinha,afirmando um período de grandes inundações.A análise dos isótopos de carbono orgânico (δ13C) apresentaramvalores que variaram entre -25,9 a -29,5 valores característicos ora de ambiente marinho, ora de ambiente terrestre. Os biomarcadores saturados com distribuição dos esteranos regulares C27-C28-C29, também sugerem uma alternância no “input” da matéria orgânica, contudo, predominantemente terrestre