Petrologia, diagênese e qualidade de reservatórios da Formação Pojuca, Alto de Aporá, Bacia do Recôncavo.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16403 |
Resumo: | A Bacia do Recôncavo localiza-se no centro-leste do estado da Bahia e tem sua evolução relacionada ao estiramento crustal que provocou a fragmentação do Supercontinente Gondwana, no Mesozoico, e consequentemente a abertura do Oceano Atlântico Sul. A Formação Pojuca caracteriza-se por um registro cíclico, expresso pela alternância entre episódios de progradação deltaica, alguns dos quais com grande continuidade lateral, a exemplo do Membro Santiago, e eventos transgressivos identificados por espessas seções pelito-carbonáticas (folhelhos, calcilutitos e calcarenitos). A partir da descrição petrográfica e análise de DRX e MEV/EDS de 30 lâminas delgadas dos testemunhos 9-FBA-79-BA e 9-FBA-65-BA, foram identificadas estruturas, texturas, composição mineralógica detrítica e diagenética e tipos de poros presente. Foi observado que a granulometria dos arenitos estudados varia de areia muito fina a média, com porções de predominância argilosa e síltica que ocorrem localmente. A seleção é predominantemente moderada, ocorrendo também poucos arenitos pobremente selecionados, os grãos mais frequentes são subangulosos a subarredondados. O empacotamento mostra variação de frouxo a normal com predomínio de contatos pontuais. As características primárias das amostras apresentam uma boa porosidade e permeabilidade. A mineralogia detrítica é composta de quartzo, feldspato, zircão, minerais opacos, intraclasto lamoso e bioclastos. Os minerais diagenéticos identificados são dolomita, esmectita, quatzo, illita, vermiculita, pirita, siderita, caulinita e minerais de titânio. A diagênese impactou de forma fundamental os arenitos estudados, e os principais processos e produtos identificados foram: substituição de feldspatos por caulinita e dolomita, sobrecrescimento de quartzo e feldspato, compactação, cimentação por dolomita, dissolução dos grãos detríticos, ilitização, cloritização, precipitação de óxidos e precipitação de minerais opacos. A evolução diagenética é inibida ou interrompida onde os processos eodiagnenéticos foram intensos, em especial a cimentação de dolomita. A interação das rochas adjacentes teve grande importância na diagênese dos arenitos fornecendo química favorável para alterações ocorridas e pela circulação de fluídos intersticiais. Os tipos de porosidade mais comuns encontrados nas amostras estudadas foram do tipo intergranular, intragranular, móldica e de contração. O volume de porosidade varia de mínimo de 0,5 ao máximo de 30% do volume total das amostras, sendo geradas principalmente por processos de dissolução e obstruídas por processo de cimentação. |