Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Graça, Lilian |
Orientador(a): |
Santana, Ivani |
Banca de defesa: |
Cravo, André,
Brum, Leonel,
Reis Filho, Osmar,
Domenici, Eloisa |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30515
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Resumo: |
A pesquisa de doutorado intitulada “A Percepção Cinestésica na Videodança: ReverberAÇÕES Empáticas entre Corpos de Carne e da Tela” trata da reflexão sobre as reações cinestésicas ou movimentos corporais dos espectadores da videodança, em uma articulação teórico-prática, envolvendo a criação de videodanças. Apontamos, assim, a nossa intenção metodológica de travar a discussão sobre percepção cinestésica, perpassando pelos modos operativos de construção estética na imagem em movimento do audiovisual que proporcionam e intencionam o engajamento do corpo do espectador. Com a premissa de que as reações corporais não são apenas respostas à percepção visual, mas fazem parte do engajamento somático perceptivo complexo e essencial ao ato de ver imagens em movimento sobre a tela, tomamos o aporte teórico da empatia estética (Einfühlung) como fundamento norteador para: discutir o papel do corpo e do movimento na experiência estética (SCHMARSOW, 1894; WÖLFFLIN, 1886), em um paralelo com a teoria da cognição situada (CLARK; CHALMERS, 1998; NOË; O’REGAN, 2001; VARELA; THOMPSON; ROSCH, 1991); discutir as ações de engajamento cinestésico a partir das abordagens somáticas das teorias do cinema que pensam o corpo do espectador como atuante, flexível, ressonante e estendido (CURTIS, 2010; FINGERHUT; HEIMANN, 2017); discutir o entrelaçamento e a interdependência do sistema ocular com os outros sentidos do corpo - sugerido pelos teóricos empáticos – na investigação fisiológica do sistema háptico (GIBSON, 1966) e na abordagem somática da visualidade háptica na teoria do cinema (BRUNO, 2010; MARKS, 2000); e, por fim, construir videodanças a partir de três temas de experimentação, evocando ideias de reação cinestésica como um engajamento corporal constitutivo da percepção. Ao apresentar o campo da videodança como um campo histórico-dialógico entre a dança e o audiovisual, seu modo de construir ações e transformações perceptivas e sua característica elementar em utilizar a superposição de movimentos, concluímos que essa arte intermidial tem a condição de potencializar reações cinestésicas no corpo do espectador e pode configurar-se em uma articuladora da reflexão sobre a complexidade do fenômeno cinestésico nas reações corporais dentro do meio audiovisual. |