Preditores do comprometimento organizacional ao longo do tempo: o papel da propensão ao vínculo e da avaliação das políticas e práticas de gestão de pessoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cruz, Paula Rodrigues Doria da lattes
Orientador(a): Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt
Banca de defesa: Bentivi, Daiane Rose Cunha, Costa, Vânia Medianeira Flores, Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) 
Departamento: Instituto de Psicologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38521
Resumo: Introdução: Na presente pesquisa, o comprometimento organizacional é tratado como um vínculo unidimensional que une o indivíduo à organização devido ao compartilhamento tanto de valores quanto de objetivos. É um construto que medeia comportamentos de contribuição ativa que direcionam o indivíduo ao atingimento dos resultados organizacionais. A propensão a se comprometer com a organização é um conceito novo e com poucas pesquisas realizadas até então. Ele busca analisar fatores que aumentam ou diminuem a probabilidade de o trabalhador vir a se comprometer ou não a sua organização empregadora. Objetivo: Analisar o valor preditivo da propensão ao comprometimento organizacional sobre a permanência e a intensidade do comprometimento organizacional estabelecidos, em um curto prazo e no longo prazo (sete anos após a admissão dos trabalhadores) considerando o efeito das políticas de gestão de pessoas, como possível moderador da relação propensão e vínculo de comprometimento na organização. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, longitudinal, envolvendo a aplicação de um questionário estruturado em três momentos; a Fase 1 ocorreu a primeira coleta em 2015-2016 configurando o tempo 1 e 2 (T1-T2). Já a Fase 2, ocorreu a terceira coleta realizada em 2022 (T3), com os mesmos indivíduos participantes da Fase 1. Na presente fase, foram também analisados os motivos que levaram os servidores, ao longo desses anos a se desligarem da organização. Resultados: Os resultados encontrados apontam que a propensão ao comprometimento tem poder preditivo sobre o comprometimento no curto prazo (T1 e T2 da pesquisa); no entanto esse poder diminuiu no tempo T3. No longo prazo, variáveis contextuais representadas pelas práticas e políticas de gestão de pessoas exercem maior influência sobre o comprometimento organizacional do servidor. Conclusão: No caso estudado, verificou-se que os níveis de comprometimento decrescem com a passagem do tempo, diminuindo o poder explicativo da propensão mensurada no ingresso na organização e revelando que a forma como as políticas e práticas de gestão de pessoas são implementadas pela Organização se torna o principal fator explicativo do comprometimento organizacional. Os indivíduos ao entrarem na organização já possuem uma tendência a desenvolver determinado vínculo, em um curto prazo. Essa tendência é determinante da vinculação futura estabelecida a partir do seu ingresso, a qual pode afetar a sua adaptação ao novo emprego, bem como seu desempenho no ambiente de trabalho. Já no longo prazo, sugere-se que a interferência de outras variáveis se sobrepõem à propensão a se comprometer. Ademais, ao longo do tempo, o comprometimento diminui sofrendo influências de algumas práticas e políticas de gestão de pessoas, principalmente no que se refere a dimensão de Envolvimento.