Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Castro Morales, Juliet Carolina |
Orientador(a): |
Bonilla, Maria Helena Silveira |
Banca de defesa: |
Motta, Alda Britto,
Leiro, Augusto César Rios,
Fantin, Mónica |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26063
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Resumo: |
No processo de transição para uma sociedade caracterizada pela participação preponderante das tecnologias digitais (TD) nas diferentes áreas, a maneira como definimos “ser idoso” ou “ser criança”, e seus lugares na sociedade, foi significativamente alterada: de um lado as crianças se apresentam e são representadas como sujeitos com uma alta destreza com as TD; de outro, as pessoas idosas, criadas na cultura analógica, devem iniciar um processo de reajuste e aprendizagem que lhes permita se integrar nas práticas da chamada cultura digital e são representadas como menos hábeis com as TD. Essas diferenças têm sido traduzidas, com o tempo,em desigualdades entre as gerações e têm gerado distância e conflito entre elas. Frente a isso, propõem-se programas intergeracionais (PI) que incluem práticas com TD, no entanto, a maioria destes estão em países altamente tecnologizados e alguns propõem que seja apenas o mais novo que instrua o mais velho. Com esse panorama, esta pesquisa teve a intenção de compreender as implicações de incorporar práticas coeducativas intergeracionais,entorno da cultura digital, na forma como as gerações de crianças e pessoas idosas se relacionam e se representam dentro de um programa intergeracional, localizado na Colômbia. Para isso, usamos a pesquisa formação de inspiração etnográfica como alternativa metodológica, que permitiu trabalhar junto com os participantes na criação das práticas, observar com detalhe a maneira como se apresentam as relações entre as gerações nesse contexto, compreender, através de suas vozes, os sentidos que os sujeitos dão as suas experiências dentro do programa e a implicação dos mesmos. De modo geral, vemos que as mesmas diferenças entre as gerações podem propiciar a cocriação, o diálogo, a solidariedade e o intercâmbio de conhecimentos entre elas, se é assumida uma perspectiva baseada na colaboração, na horizontalidade e na valorização de saberes particulares para a solução de problemas comuns. Também, a experiência das gerações, durante as práticas, teve implicações nas representações, especialmente, promoveu uma visão mais positiva das pessoas idosas. Criar junto com os participantes permitiu explorar diferentes alternativas para integrar as TD nas práticas e percebemos que estas, as TD, combinadas com práticas dominantes da cultura pré-digital, possibilitam uma relação mais horizontal entre as gerações e fortalecem processos coeducativos entre as mesmas; finalmente, concluímos que a brecha digital não se apresenta necessariamente pela qualidade de ser velho ou ser jovem, pois nisso intervém uma multiplicidade de fatores sociais, econômicos e de acesso que têm um papel determinante na desigualdade com relação ao uso, apropriação das TD e a participação dos sujeitos na cultura digital. |