“Olha Brasília está florida, estão chegando as decididas": experiências de um feminismo rural no Brasil a partir da Marcha das Margaridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sobreira, Dayane Nascimento lattes
Orientador(a): Aras, Lina Maria Brandão de lattes
Banca de defesa: Veiga, Ana Maria, Guimarães Neto, Regina Beatriz, Silva, Salete Maria da, Amal, Teresa Cunha, Aras, Lina Maria Brandão de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35924
Resumo: Esta tese, assentada nas epistemologias feministas, em sua interface com as Ciências Sociais e a História, pretende elucidar as resistências feministas de mulheres do campo, das águas e da floresta no Brasil organizadas e autodenominadas como Margaridas. A Marcha das Margaridas é uma ampla ação de mulheres rurais que aglutina uma diversidade de experiências de resistência nos diferentes territórios. A partir da relação entre sindicalismo e feminismo, incide nas políticas públicas, pressionando os governos e exigindo respostas eficazes. As Margaridas, herdeiras de Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada na Paraíba em 1983, constroem novas rotas para si e para a história dos movimentos de mulheres rurais no Brasil e na América Latina, cujas raízes remontam aos interiores do Brasil nas últimas décadas do século XX e para as brigas travadas nos sindicatos, associações e nas próprias famílias por espaço, participação e autonomia sobre seus corpos, suas vidas e seus entornos. A partir do método histórico, da história oral e de uma etnografia feminista realizada na sexta edição da Marcha, ocorrida em agosto de 2019, e no seu processo preparatório e de avaliação, viso tecer histórias contemporâneas protagonizadas por mulheres rurais – em suas muitas feições, sotaques e origens –, cujos efeitos são sentidos no âmbito individual e coletivo em busca de justiça social e do bem viver e que se refletem na construção de uma plataforma política das Margaridas e de um feminismo rural no Brasil.