Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Alice Vieira Lima
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Orientador(a): |
Castro, Elisa Guaraná de|
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Banca de defesa: |
Castro, Elisa Guaraná de,
Medeiros, Leonilde Servolo de,
Silva, Berenice Gomes da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20170
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Resumo: |
A presente dissertação pretende analisar a Marcha das Margaridas (MM), ação estratégica promovida por mulheres do campo, das águas e das florestas, a partir do aspecto da formação política, realizando uma leitura da MM enquanto um sujeito pedagógico. A investigação sobre esta ação, que há mais de 20 anos ocorre sob coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), busca entender como são produzidas esferas de educação política neste processo. Desde o ano 2000, a Marcha das Margaridas reúne mulheres de todo o Brasil na capital federal, criando um momento de grande visibilidade ao levar as pautas e as bandeiras das Margaridas para o centro do poder político. No entanto, para que esse momento seja possível, os períodos entre as edições são marcados pela preparação nos estados e pela articulação política nacional, realizadas de forma exitosa ao longo de sete edições, de maneira que a mobilização é construída há mais de duas décadas continuamente. É proposta a categoria entre-marchas para dar conta do recorte temporal presente entre uma edição da Marcha e outra. Apresentando como estudo de caso a delegação do Maranhão para a 7ª edição da Marcha das Margaridas, busca-se também compreender de que maneira a formação política mobilizada pela Marcha das Margaridas (MM) incide na formação de Margaridas enquanto sujeito coletivo e de direitos. Para tanto foram utilizados referenciais teóricos sobre o surgimento e a formação de organizações e movimentos de trabalhadores e trabalhadoras rurais aos níveis nacional e estadual, com foco no Maranhão; sobre as pedagogias presentes e mobilizadas no contexto de movimentos sociais e ações coletivas; e sobre a Marcha das Margaridas em si. Foi realizada a leitura e análise de cadernos de textos, documentos, ações e eventos formulados para as últimas duas edições da Marcha das Margaridas, com foco na VII Marcha das Margaridas, ocorrida em 2023 com o lema “Pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. Também foram realizadas entrevistas com mulheres da delegação do Maranhão para a edição de 2023 da Marcha e com a assessora de Mulheres da Contag. Como resultado pôde-se localizar a formação política como uma base fundamental para a luta coletiva engendrada pela Marcha das Margaridas que, enquanto sujeito pedagógico, produz instrumentos de emancipação de sujeitos políticos. Conclui-se que a formação política na Marcha das Margaridas é construída no fazer contínuo dessa ação e que esse formato no fazer contínuo desta ação e que este formato de ação estratégica visibiliza potencialidades de pedagogias que partem de movimentos sociais e ações coletivas. |