Concepções, autopercepção e práticas ligadas à saúde e doença de estudantes universitários masculinos do bacharelado interdisciplinar em saúde da Universidade Federal da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocha, Daniele Machado Pereira Rocha
Orientador(a): Coelho, Maria Thereza Ávila Dantas
Banca de defesa: Véras, Renata Meira, Carmo, Maria Beatriz Barreto do, Pereira, Álvaro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO ESTUDOS INTERDISCIPLINARES SOBRE A UNIVERSIDADE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23058
Resumo: Introdução: Poucas são as pesquisas ligadas às concepções, autopercepção e práticas relacionadas à saúde e doença de estudantes universitários, sobretudo no contexto da saúde do homem. Há necessidade de se ampliar as pesquisas na intenção de perceber como os estudantes compreendem a saúde e a doença, como avaliam o próprio estado de saúde e as práticas que utilizam em seus cotidianos. Objetivo: Analisar as concepções, autopercepção e práticas ligadas aos processos de saúde e doença de estudantes do gênero masculino ingressos em um curso superior de saúde, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Metodologia: Participaram da pesquisa alunos com idade entre 18 e 61 anos, que responderam às perguntas de um questionário semiestruturado, referentes à temática abordada. As respostas foram analisadas nos moldes da análise de conteúdo de Bardin. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Em relação às concepções de saúde, as respostas referiram-se majoritariamente à ideia de saúde como bem-estar, ligada ao conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), aos hábitos de vida, como alimentação saudável e atividade física. Quanto à autopercepção, 90% dos estudantes se consideraram saudáveis. Referente às concepções de doença, destacaram-se as ideias de desequilíbrio do corpo e da mente, assim como as de dores física e/ou mental. Relativo às práticas de saúde, novamente apareceram a atividade física e a alimentação saudável como formas de se obter uma boa saúde e prevenir doenças. Outras práticas de promoção, prevenção, práticas integrativas / complementares e religiosas de saúde também foram mencionadas, em menor frequência. Conclusão: As concepções relacionadas ao modelo hegemônico biomédico, relacionado à saúde como ausência de doença, vêm sendo desconstruídas e aos poucos um pensamento coletivo e humanizado torna-se mais presente. Ainda assim, percebemos tanto nas concepções, quanto nas práticas, respostas que são comumente veiculadas na mídia e que se inclinam para uma visão de saúde individualizada do sujeito, tornando os mesmos responsáveis por seu próprio cuidado. Na perspectiva da saúde dos homens, as respostas afastam-se do corriqueiro distanciamento dos homens em relação aos serviços e cuidado com a saúde, mas evidenciam algo que é discutido na literatura, a percepção positiva de saúde e o fato de não se sentirem doentes. Desse modo, salienta-se a necessidade de se dar destaque a novas formas de vivenciar os processos de saúde e doença, reconstruindo/descontruindo masculinidades e concepções/práticas de saúde e doença predominantes.