Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Peixoto, Fábio de Carvalho
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Orientador(a): |
Carvalho, Lucas Pedreira de
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Banca de defesa: |
Carvalho, Lucas Pedreira de
,
Oliveira, Camila Indiani de
,
Tavares, Natália Machado
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Outro
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38138
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Resumo: |
Exossomos são organelas de 30 a 100 nm secretadas por vários tipos de células. Elas ocorrem quando a membrana endossomal invagina em corpos multivesiculares (MVB) e são secretados através da fusão de MVBs com a membrana plasmática (PM). Os exossomos de Leishmania são compostos por vários fatores de virulência, como heat shock proteins, anexinas, GP63, proteínas de sinalização e também contêm mRNAs e miRNA. Nos últimos 10 anos, foi relatado que essas vesículas manipulam ativamente a sinalização do hospedeiro e as funções das células imunes, devido aos exossomos de Leishmania serem ricos em fatores de virulência como GP63. Estudos demonstram que os exossomos de Leishmania donovani ativam tirosina-fosfatases, regulando negativamente o IFN-γ e inibindo a expressão de moléculas microbicidas como TNF e NO, criando um microambiente que favorece a proliferação parasitária. Apesar de não possuir memória imunologica, estudos sugerem que após um primeiro estímuo os fagócitos momonucleares ´pdem ser “treinados”, passando por mudanças epigenéticas e respondendo de forma mais eficaza um segundo estímulo, dessa forma, a sensibilização de macrófagos com exossomos de L. braziliensis, antes de sua infecção por esse patógeno, pode estar associada à maior produção de citocinas inflamatórias, e ativação de inflamassoma, uma vez que as vias envolvidas neste processo já estariam ativadas. Métodos e Resultados: Macrófagos de indivíduos saudáveis foram sensibilizados por 24 horas com exossomos de L. braziliensis. Em seguida, essas células foram infectadas com L. Braziliensis e cultivadas por 24 horas. Observamos níveis mais elevados de IL-1β e IL-6 em culturas que foram sensibilizadas antes da infecção do que em células apenas infectadas. Além disso, a estimulação com L. braziliensis induziu a produção de IL-1β, IL-6, IL-10 0 50 100 150 200 IL-1 (pg/mL) ** ** ** * 0 250 500 750 1000 1000 2000 3000 4000 5000 6000 TNF (pg/ml) Media Exosomes L. braziliensis + Exosomes L. braziliensis * * ** 0 200 400 600 800 IL-10 (pg/mL) ** ** ** 0 500 1000 1500 2000 2500 IL-6 (pg/ml) ** * e TNF por macrófagos. Nós inibimos a secreção de exossomos por L. braziliensis antes da infecção de macrófagos e observamos que células infectadas com esses parasitas induziram menor produção de IL-1β, IL-6, IL-10 & TNF e as culturas apresentaram menor taxa de infecção do que células que foram infectadas com Leishmania normal. A estimulação com exossomos também induziu o consumo de inflamassoma NLRP3 em macrófagos e o bloqueio desses receptores resultou em níveis mais baixos de IL-6, TNF e IL- 1β. Nossos resultados sugerem que os exossomos de L. braziliensis estimulam macrófagos levando a inflamação e esses efeitos podem ser dependentes de NLRP3. |