Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Augusto, Danilo Sasso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-23102019-165113/
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Resumo: |
A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada que afeta, atualmente, cerca de 12 milhões de pessoas, causando desde lesões ulcerosas na pele a mortes. O ciclo de vida dos parasitas de Leishmania spp., o agente etiológico da leishmaniose, se divide entre o sistema digestório de vetor phlebotomínio e nos tecidos de mamíferos, dentro de vacúolos de fagócitos profissionais, principalmente em macrófagos. Recentemente, demonstrou-se a ação do inflamassoma de Nlrp3, um complexo celular citoplasmático de alto peso molecular relacionado à resposta inflamatória a danos e patógenos, em infecção por parasitas de Leishmania spp., gerando IL-1? e NO, e ativando respostas microbicidas e inflamatórias. Paralelamente, foi verificada a existência de uma maquinaria intracelular de RNAi em Leishmania braziliensis, o que possibilitou o silenciamento e o estudo do papel das amastinas, uma grande família de glicoproteínas de superfície expressas em amastigotos de Leishmania spp. relacionadas à adesão entre a membrana de amastigotos com a membrana interna dos vacúolos parasitóforos. Este trabalho visa compreender como ocorre a resposta do inflamassoma de Nlrp3 frente a uma infecção com parasitos de L. braziliensis com amastinas silenciadas. Macrófagos infectados com parasitos com expressão silenciada das amastinas apresentaram maior ativação de caspase-1 e liberação de IL-1? dependente do inflamassoma de Nlrp3 quando comparados a macrófagos infectados com parasitos selvagens ou com expressão reconstituída das amastinas. Macrófagos Casp11-/- e Nlrc4-/- apresentaram redução na produção total de IL-1? em infecc?ões por L. braziliensis. No entanto, essas moléculas não estão envolvidas diretamente com o aumento específico da liberação de IL-1? em infecções por parasitos com expressão irregular de amastinas. Visando compreender como a ausência das amastinas induz uma maior ativação dos inflamassomas, foi realizada uma imunofluorescência de macrófagos infectados, utilizando um anticorpo específico para Galectina-3, que indica lise de vacúolos. Tais experimentos elucidaram a atuação das amastinas na manutenção da estabilidade vacuolar, de forma que macrófagos infectados por parasitos com expressão deficiente de amastina apresentaram uma quantidade muito maior de eventos de lise de vacúolo quando comparados a macrófagos infectados com parasitos com expressão reconstituída de amastinas. Por fim, foi constatado quem, em infecção por L. braziliensis, a Galectina-3 possui um papel na intensificação da ativação de Nlrp3 independente da presença ou ausência das amastinas. Em conjunto, os experimentos realizados suportam a hipótese de que as amastinas estejam correlacionadas a manutenção da estabilidade do vacúolo. Possivelmente, padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) estão sendo liberados no citoplasma de macrófagos infectados pelas linhagens de expressão silenciada para as amastinas. Possivelmente tais PAMPs são reconhecidos por receptores da imunidade inata, induzindo efluxo de potássio e consequente maior ativação de Nlrp3 |