O Bairro 2 de Julho, centro antigo de Salvador-BA: a dinâmica dos conflitos em torno do espaço urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Vanusa Santana dos lattes
Orientador(a): Müller, Cíntia Beatriz lattes
Banca de defesa: Müller, Cíntia Beatriz lattes, Uriarte, Urpi Montoya lattes, Fernandes, Mariana Balen lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36443
Resumo: Este trabalho é o resultado de uma pesquisa de 4 fases que trata do “desenvolvimento urbano” por meio da descrição e da reflexão sobre como agentes sociais se apropriam e interpretam dinâmicas territoriais. Para tanto, analisei projetos de instâncias públicas e/ou privadas que incidiram sobre o bairro 2 de Julho, no Centro Antigo de Salvador, e as formas de resistência urbana existentes na Vila Operária Coração de Maria (VOCM), espaço de moradia e sociabilidade no 2 de Julho, entre os anos 2000 e 2019. Na primeira fase do trabalho, realizei uma pesquisa bibliográfica na literatura científica sobre conceitos como “analfabetismo urbanístico”, “biopoder”, “necropolítica”, entre outros que norteiam a investigação e que também subsidiaram a fundamentação teórica; a segunda etapa correspondeu à pesquisa documental com coleta e análise de vários tipos de documento, a saber: fotografias, arquivos de jornais impressos ou em sítios eletrônicos, cartas, revistas, documentários, documentos oficiais; já a terceira etapa foi direcionada a um intenso trabalho de campo com observação participante e entrevistas semiestruturadas que permitiram (juntamente com os conceitos), entre outros, produzir fragmentos de histórias de vida. A seguir, analisei a dinâmica dos conflitos relacionados ao espaço urbano quando diferentes agentes sociais interpretam e se apropriam de categorias (“revitalização”, “requalificação”, “reabilitação” e “gentrificação”) a partir da ressignificação de tais conceitos na prática de seus discursos, o que ilustra um processo gradual de gentrificação do Bairro associado ao conceito de necropolítica.