Conhecimento, literacia em saúde, atitudes e práticas de homens em situação prisional relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Josias Alves de lattes
Orientador(a): Pereira, Álvaro lattes
Banca de defesa: Pereira, Álvaro lattes, Bispo, Tânia Christiane Ferreira lattes, Couto, Telmara Menezes lattes, Santos, Ailton da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38190
Resumo: Atualmente a população em situação prisional no Brasil gira em torno de 721 mil presos, sendo que 95% desses presos são homens jovens na faixa etária produtiva. O estado da Bahia detém um pouco mais de 13 mil presos no sistema prisional em diversas modalidades de regimes. O encarceramento tem impacto diretamente na saúde dos homens, a superlotação das celas prisionais e o ambiente insalubre são fatores condicionantes para ao aumento das doenças infectocontagiosas e outros agravos relacionados à saúde. Este estudo teve como objetivo apreender como os homens em situação prisional experienciam o conhecimento, a literacia em saúde, as atitudes e práticas relacionadas às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Trata-se de estudo qualitativo, do tipo descritivo-exploratório, realizado com 30 homens adultos, na faixa etária de 20 a 59 anos, custodiados na unidade do Presídio Salvador pertencente ao Complexo Penitenciário do Estado da Bahia, no município de Salvador/Bahia. Para coleta de dados foi realizada uma entrevista individual, guiada por um roteiro semiestruturado, coletado entre o período de Outubro de 2019 à Janeiro de 2020. Utilizou-se como técnica sistemática, a análise de discurso de Michel Pêcheux para descrição dos conteúdos das entrevistas e categorização dos dados. Os resultados do estudo revelaram a existência de fragilização no conhecimento e na literacia dos homens em situação prisional, assim como em relação às informações sobre saúde sexual, sexualidade, IST, seus meios de transmissão e métodos de prevenção. A manutenção de padrões hegemônicos de masculinidades e os estereótipos de gênero neste grupo comprometem a informação em saúde dos investigados e reforçam o desleixo com o autocuidado. Entre estes as condutas mostraram-se frágeis e o protagonismo reduzido. A ampliação do conhecimento e literacia dos homens sobre IST faz-se necessária e tem importância abrangente para além dos muros prisionais.