“Nem bandido, nem herói. Policial é trabalhador”: O movimento de Policiais Antifascismo e as polícias na política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Monteiro, Ewerton de Santana lattes
Orientador(a): Carvalho Filho, Milton Júlio de lattes
Banca de defesa: Carvalho Filho, Milton Júlio de lattes, Barboza, Anderson Duarte lattes, Arantes, Rafael de Aguiar lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Estudos, Pesquisas e Formação em Políticas e Gestão de Segurança Pública (PROGESP)
Departamento: Faculdade de Direito
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36857
Resumo: Há algum tempo muitos trabalhos sobre polícia e militares vêm sendo produzidos pela academia. E não deveria ser diferente, já que a participação destes agentes na vida pública e política do país sempre foi uma constante, pois, militares e policiais estão presentes em quase todos os eventos importantes da vida política do Brasil. Assim, mais recentemente, entre os anos de 2018 e 2022, militares e policiais retomaram o protagonismo, e voluntariamente ou não, se elegeram e ajudaram a eleger uma legião de políticos conservadores e à direita, tanto no executivo, quanto no legislativo federal, estadual e municipal. Na contramão dessa perspectiva ideológica, predominantemente difundida dentro e fora das corporações, que, no geral, legitimam discursos e ações repressivas recrudescidas, um grupo de policiais “defensores dos direitos humanos”, e que buscam a reestruturação do atual modelo de segurança pública, passaram também a disputar o debate público sobre segurança pública, política criminal, polícia e política. Chamados pejorativamente por outros policiais, militares e políticos conservadores e de direita de “melancias”, ou de “policiais esquerdistas”, alguns se associaram em um coletivo autodenominando: Policiais Antifascismo. Assim, embora as inúmeras e diversificadas pesquisas sobre polícia e militares, o espectro à esquerda, sobretudo policial, comporta novos olhares, ainda mais se tratando do grupo em questão, pois talvez o trabalho esteja entre os que inauguram o debate sobre o objeto especificamente. Deste modo, nossa pergunta de partida quis saber como se dá a inserção e a forma de participação desses policiais no Movimento de Policiais Antifascismo. O objetivo geral visou compreender qual debate público o grupo pretende estabelece. Especificamente quisemos também compreender se há e quais são, caso haja, as contradições ideológicas do movimento; analisar as condições materiais de existência; conhecer como se dá a inserção e analisar como se caracteriza a narrativa antifascista de seus integrantes. Na metodologia aplicamos a abordagem qualitativa, que teve como método a “análise de conteúdo”, elaborada a partir do uso da “técnica de entrevistas qualitativas em profundidade”. Assim, essa pesquisa intentou contribuir com processo que demonstra que, desde outrora, policiais e militares são e estão politizados, e das mais diversas formas envolvidos na política. Além de visar contribuir com o debate, e pôr em perspectiva, as categorias da Esquerda Militar e da Esquerda Policial.