Clic! E era uma vez -: marcas de narrativas visuais na escrita de crianças em contexto escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Araujo, Liane Castro de
Orientador(a): Arapiraca, Mary de Andrade
Banca de defesa: Beltrão, Lícia Maria Freire, Coutinho, Maria Antônia Ramos, Ramos, Menandro Celso de Castro, Paulino, Maria das Graças Rodrigues
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18187
Resumo: Esta tese apresenta uma pesquisa em contexto escolar, cujo objetivo foi tornar observáveis os modos de apropriação de elementos de narrativas verbovisuais – quadrinhos, mangás, desenhos animados, filmes e games – em histórias escritas por crianças, revelando relações intertextuais diversas e intercâmbios entre as diferentes linguagens. Nela se discutem as implicações dessas apropriações e desses modos de narrar no ensino da escrita, bem como, a possibilidade de, a um só tempo, a escola validar as apropriações e inserções de elementos de outras linguagens nas histórias escritas pelas crianças e assegurar o trabalho com a textualidade própria da escrita e com as características do texto narrativo. As marcas de tais apropriações revelaram tanto procedimentos legítimos e astutos das crianças relativos à apropriação de conteúdos, linguagens e formatos das narrativas verbovisuais de seu repertório, quanto uma maior ou menor habilidade, ainda em construção, de composição do texto escrito, na relação com gêneros realizados em linguagem verbal e visual. De qualquer modo, as crianças, na composição dos textos, mostram seus esforços de construir e negociar sentidos para considerar o leitor no diálogo e na tensão com os elementos de gêneros verbovisuais. Em situação de ensino da escrita, revela-se produtivo constituir o texto escrito como objeto de reflexão metalinguística sobre a textualidade que lhe é própria, em atividades compartilhadas de produção, revisão e reescrita junto às crianças. Como tal problemática pedagógica implica igualmente uma dimensão cultural mais ampla, atinente às relações das crianças com a mídia, o estudo preocupou-se em contextualizar a discussão do campo do ensino da linguagem escrita no âmbito mais amplo da cultura infantil contemporânea. Reconhecendo a maleabilidade e a mutabilidade da escrita, a heterogeneidade dos textos e o hibridismo das linguagens, a pesquisa fundamenta-se na perspectiva dialógica de linguagem, de sujeito e de autoria de Bakhtin, e em uma concepção de sujeito receptor ativo dos produtos da mídia, que negocia sentidos em sua compreensão responsiva ativa.