Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Gisele Barreto Lopes
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Orientador(a): |
Schinoni, Maria Isabel
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Banca de defesa: |
Schinoni, Maria Isabel
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Freire, Songeli Menezes
,
Almeida, Delvone Freire Gil
,
Campos, Maurício de Souza
,
Pacheco, Sidelcina Rugieri |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências da Saúde
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40711
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Resumo: |
Introdução: O vírus da hepatite E (VHE) apresenta uma ampla distribuição mundial. Embora, geralmente, apresente um curso agudo, existe um potencial para cronicidade, como é o caso de pacientes com doença hepática prévia, imunocomprometidos e gestantes. Ademais, os estudos sobre a epidemiologia da infecção por esse vírus, especialmente nesses grupos de pacientes, são escassos no Brasil. Objetivo: Determinar a prevalência do vírus da hepatite E em diferentes grupos de pacientes (portadores do vírus da hepatite C, do vírus da hepatite B, da hepatite autoimune (HAI), em pacientes com lesão hepática induzida por drogas e em transplantados hepáticos); e investigar a presença do VHE-RNA, relacionando com achados clínicos, sociodemográficos e hábitos de vida. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, compreendendo uma amostra de 301 voluntários do centro universitário de referência em Hepatologia e 142 transplantados de fígado da Unidade de Transplante Hepático, ambos da Bahia. A detecção de anti-VHE IgM e IgG foi determinada por meio do ELISA e para a detecção do VHE-RNA, utilizou-se a técnica de PCR em tempo real One-step. Resultados: As prevalências anti-VHE IgG, categorizadas por grupos, foram: VHC de 13,2%, VHB de 13%, HAI de 8,1, DILI com 21,1 e transplantados de fígado com 11,3%, enquanto as soroprevalências para anti VHE IgM foram: VHC com 0,9 %, VHB com 3,8 %, HAI com 0%, DILI com 5,3% e transplantados de fígado com 0,7%. O VHE-RNA não foi detectado dentre os participantes do estudo. Os pacientes com hepatite crônica pelo VHC e sorologia IgG VHE positiva apresentaram níveis de transaminases mais elevados em 66,7% (10/15) dos casos, enquanto os soronegativos em 42,4% (42/99) dos casos (p<0,05). A fibrose hepática com estágio 3 esteve presente em 25% dos pacientes com anti-VHE positivo e em apenas 13,5% dos anti-VHE negativo. Os transplantados hepáticos apresentaram elevação em TGO 50 % (8/16, p < 0,05) e TGP 37,5% (6/16, p= 0,075) dos casos soropositivos; e TGO em 25,4% (32/126) e TGP 19,8% (25/125) dos casos soronegativos. O consumo de caça foi relatado por 50% dos pacientes com sorologia positiva e por 32,7% dos pacientes ou com sorologia negativa. O contato com suínos foi relatado em 37,5% (6/16) dos anti-VHE IgG positivos transplantados do fígado e em 0,8% (1/126) dos anti-VHE IgG negativos (p < 0,05). Conclusões: A prevalência do anti-VHE IgG, entre os diferentes grupos de pacientes, demonstrou-se elevada. A infecção aguda foi observada nos resultados positivos para anti VHE IgG/IgM concomitantemente associada a níveis elevados de TGO/TGP. As transaminases estiveram aumentadas mais comumente nos soropositivos para o VHE, ademais, os parâmetros clínicos e bioquímicos demonstraram pior prognóstico dentre os infectados pelo VHE. Osresultados deste estudo indicam a necessidade do desenvolvimento de estudos para investigar os parâmetros clínicos e bioquímicos associados à infecção pelo VHE, bem como para entender a presença do VHE em animais domésticos e selvagens e, assim, contribuir para o entendimento da epidemiologia do VHE em nosso meio. |