Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sarmento, Vânia Pinto |
Orientador(a): |
Pinho, João Renato Rebello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3076
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Resumo: |
As hepatites virais são um importante problema de saúde pública em todo o mundo, podendo ser causada principalmente por cinco agentes que utilizam o fígado como o sítio primário de replicação: os vírus das hepatites A (HAV), B (HBV), C (HCV), Delta (HDV) e E (HEV). Os pacientes imunossuprimidos, como os portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV), coinfectados com HEV correm maior risco de desenvolver formas graves de hepatite E, incluindo uma rápida progressão da doença hepática, resultando em hepatite crônica e/ou cirrose, com maior risco de morbidade e mortalidade. Neste estudo, para caracterizar melhor a prevalência de infecção por HEV em portadores de HIV da região amazônica brasileira, realizamos um estudo sorológico e molecular da infecção por HEV em 404 pacientes sorológicos soropositivos atendidos na URE-DIPE, Belém, Pará, durante o período de novembro de 2015 a março de 2016. A pesquisa de anticorpos anti-HEV IgM e anti-HEV IgG foram avaliados por ELISA e imunoblotting e o HEV-RNA foi testado por RT-PCR quantitativa (RT-qPCR). Também investigamos a prevalência da infecção por vírus da hepatite B, C e Delta nesta população. A soroprevalência geral da infecção por HEV em pacientes com HIV foi de 3,96% (1,73% para anti-HEV IgM e 2,23% para anti-HEV IgG). O HEV-RNA não foi detectado em nenhuma amostra positiva para anti-HEV IgM e/ou anti- HEV IgG e nenhum fator de risco foi associado estatisticamente a coinfecção HEV-HIV. Não foram observadas mudanças significativas no hemograma, exames de bioquímica das enzimas hepáticas, contagem de LT-CD4+ e carga viral do HIV entre indivíduos positivos para o vírus HEV. A soroprevalência geral para a coinfecção pelo HIV-HBV (genótipo A1) foi de 24,25% (anti-HBc total+ e HBsAg+) e 1,98% (somente HBsAg+), sendo as seguintes variáveis classificadas como fatores de risco para esta coinfecção: idade, sexo, estado civil, orientação sexual, acupuntura e tempo de diagnóstico do HIV. A coinfecção pelo HIV-HCV (genótipos 1A e 3) foi detectada em 0,74% dos casos. Nossos resultados sugerem que a infecção por HEV não é freqüente entre os portadores de HIV da Amazônia brasileira. Além disso, ao contrário da coinfecção do HIV-HBV, a coinfecção por HEV não parece representar uma causa importante de doença hepática nesses pacientes. Embora a região amazônica apresente baixa prevalência de infecção pelo HEV, a inclusão da pesquisa do HEV no diagnóstico diferencial das hepatites virais entre pacientes com HIV deve ser considerada, especialmente quando outras causas de hepatite aguda ou crônica já foram eliminadas. |