Estudo da associação dos polimorfismos nos genes fator de necrose tumoral α (TNFA), Interleucina 6 (IL6) e interleucina 10 (IL10) em pacientes com infecção crônica pelos vírus das hepatites B e C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santiago, Angélica Menezes
Orientador(a): Vallinoto, Antonio Carlos Rosário
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3080
Resumo: As hepatites desencadeiam diferentes respostas imunológicas de caráter inato e adaptativo, contribuindo para o aumento ou queda na produção de citocinas que atuarão de forma a mediar os processos imunes e inflamatórios. O fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a Interleucina 6 (IL-6) e a Interleucina 10 (IL-10) são citocinas que regulam o processo inflamatório. Este trabalho visa determinar as frequências dos polimorfismos nos genes TNFA, IL6 e IL10 em pacientes portadores crônicos das hepatites B e C, buscando identificar possíveis associações com a progressão dessas infecções. Este estudo é do tipo transversal e analítico, sendo a população de estudo composta por pacientes portadores de hepatite B crônica (74), hepatite C crônica (101) e de um grupo controle (300), formado por indivíduos doadores de sangue. O DNA foi extraído a partir das amostras de sangue periférico, e posteriormente, submetidos à análise dos polimorfismos nos genes do TNFA (rs1800629), IL6 (rs1800795) e IL10 (rs1800896) por PCR em tempo real (qPCR). Foram realizados exames bioquímicos e sorológicos para todos os participantes do estudo, assim como exames histopatológicos, obedecendo a classificação francesa METAVIR, pontuando a atividade do infiltrado inflamatório portal e peri-portal de 0 a 3 e as alterações estruturais de 0 a 4. As análises estatísticas foram realizadas no programa BioEstat 5.0v, adotando como nível de significante p<0,05. Para o polimorfismo rs1800629, no gene TNFA, foi observada associação dos genótipos GA+AA com os níveis das enzimas AST, ALT e GGT no grupo HBV; No grupo HCV foi observada associação significante das frequências genotípicas quando comparados os grupos HCV e controle, além da associação do genótipo GG com AST. No polimorfismo rs1800795 (IL6) foi observada associação do genótipo GG com AST, ALT e GGT e ainda dos genótipos GC+CC com a carga viral dos pacientes HBV; no grupo HCV foi observada associação dos genótipos GC+CC com AST e ALT. Para o polimorfismo rs1800896 (IL10) foi observada associação do genótipo AA com os níveis das transaminases nos pacientes HBV e HCV, exceto ALT no grupo HBV, além da correlação dos genótipos AG+GG com os níveis de HBV-DNA. Não foram observadas correlações dos polimorfismos TNF-α -308G>A (rs1800629), IL-6 -174G>C (rs1800795) e IL-10 −1082G>A (rs1800896) com a atividade inflamatória e o estadiamento da fibrose nos grupos HBV e HCV. Conclui-se que os polimorfismos dos genes do TNFA (rs1800629), IL6 (rs1800795) e IL10 (rs1800896) parecem contribuir para a progressão do quadro clínico-laboratorial das infecções por HBV e HCV, contudo estudos com outros grupos populacionais de diferentes etnias são necessários para confirmar esses resultados.