Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fábia Samuela Porto de Jesus da |
Orientador(a): |
Trad, Leny Alves Bomfim |
Banca de defesa: |
Barsaglini, Reni Aparecida,
Alzate Lopez, Yeimi Alexandra |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32229
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Resumo: |
A doença renal crônica (DRC), definida como a perda progressiva e irreversível da função dos rins, tem sido considerada um importante problema de saúde pública no Brasil. Nos casos da doença terminal, torna-se necessária a indicação de uma terapia renal substitutiva (TRS) para a manutenção da vida. Os percursos e escolhas adotadas pelos pacientes até o início dessa terapia tem sido permeado por inúmeras dificuldades ao acesso. Este estudo objetivou analisar as barreiras e dificuldades de acesso aos serviços de diálise de pacientes com doença renal crônica através da investigação sobre seus itinerários terapêuticos. Para tal, foi realizado um estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas e revisão de prontuários. Participaram do estudo quatorze pacientes em tratamento dialítico matriculados no setor de nefrologia de um Hospital Universitário e em uma clínica de hemodiálise conveniada pelo SUS, no município de Salvador-Bahia. A partir das narrativas, utilizando da análise inspirada pela antropologia interpretativa, foram estruturadas as seguintes categorias: itinerários terapêuticos, destacando deste à descoberta da doença renal até o início da terapia renal substitutiva (TRS) e, barreiras e dificuldades de acesso aos serviços de diálise. Os resultados apontaram para uma descoberta tardia da DRC, atenção primária pouco resolutiva, rede de atenção desarticulada e fragmentada, dificuldades de acesso geográfico dos pacientes para a realização da terapia e, barreiras socioeconômicas e culturais. Conclui-se que a maioria dos pacientes tem diagnóstico tardio, iniciam TRS em caráter de urgência, e, em unidades hospitalares encontram dificuldades de acesso em todos níveis de assistência, especialmente na alta complexidade. Evidenciou-se, portanto, que a rede de atenção ao paciente com doença renal é falha. Os achados apontam para a necessidade de fortalecer a atenção ao paciente com doença renal em redes, buscando assim a garantia de acesso em todos os níveis de atenção, desde a atenção primária até a de alta complexidade. |