Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Carla Mendes de
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Orientador(a): |
Camargo, Climene Laura de
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Banca de defesa: |
Moraes, Maria Cecília Leite de
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Oliveira, Marcia Maria Carneiro
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Whitaker, Maria Carolina Ortiz
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37893
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença tropical, crônica, infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae (M. leprae), transmitida pelas vias respiratórias superiores, tendo como atração as células de Schwann que se localizam nos neurónios do sistema nervoso periférico. A doença permanece com altos coeficientes de detecção para o diagnóstico de crianças e adolescentes com incapacidades física, que afetam negativamente o desenvolvimento, estigmatizando, causando repercussões psicológicas e no contexto social, reduzindo futuramente a entrada no mercado de trabalho. Diante desse contexto a presente dissertação tem por objetivo descrever o itinerário terapêutico de crianças e adolescentes com diagnóstico de hanseníase. Trata-se de um estudo qualitativo, de natureza exploratória e descritiva, que busca identificar e descrever o itinerário de crianças e adolescentes menores de 15 anos como diagnóstico para os serviços de saúde para o diagnóstico de Hanseníase e seu tratamento, realizada no município de Salvador- Bahia, no distrito sanitário de Itapuã. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais com as mães ou familiares, norteadas por questionário semiestruturado com dados sociodemográficos e questões abertas norteadoras acerca do objeto de estudo, tendo como Critérios de inclusão: idade superior a 18 anos; ser mãe ou familiar de crianças e adolescentes com até quatorze anos de idade. Realizadas 05 entrevistas que são representadas por (03) três categorias que respondem ao objetivo do trabalho: Percepção dos sinais clínicos e suspeição da doença por familiares; Trajetória percorrida para o acesso ao serviço de saúde e Dificuldades encontradas ao serviço de saúde. Observou-se, neste estudo que a Hanseníase continua acometendo crianças e adolescentes predominantemente pardas e negras e com diagnóstico tardio, com classificação transmissível e com nervos espessados que aumenta a incidência de incapacidades físicas retratando maior risco de vulnerabilidade. O desconhecimento e a falta de informação para o diagnóstico tardio, levam a falta de acesso à informação, o que se torna um obstáculo para a detecção precoce da doença. O tempo perdido entre o diagnóstico e início do tratamento é crucial para evitar incapacidades. Esse itinerário necessita da disponibilidade de serviços especializados para o manejo clínico em paralelo com os serviços de atenção primária à saúde. Faz-se necessário investimento em busca ativa das pessoas com sinais e sintomas sugestivos de hanseníase, por meio de campanhas que envolvam não somente pacientes como também profissionais da saúde, da educação e outros setores para desenvolver novas estratégias para captar precocemente indivíduos acometidos pela doença, evitando as incapacidades; Capacitar profissionais de saúde para a identificação precoce da doença; estruturar as Unidades de Saúde para a realização dos exames específicos, como: exames clínicos com testes de sensibilidade; baciloscopia e biopsia. Desta forma, a população acometida pela hanseníase, principalmente, crianças e adolescentes, poderiam ser identificadas e tratadas precocemente. |