Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Maciel, Manoela Lima
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Orientador(a): |
Silva, Larissa Chaves Pedreira
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Banca de defesa: |
Silva, Larissa Chaves Pedreira
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Pires, Claudia Geovana da Silva
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Coelho, Ana Carla Carvalho
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Moraes, Mariana de Almeida
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38849
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Resumo: |
A rápida disseminação da pandemia comprometeu o acesso das pessoas acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na atenção terciária devido a pouca disponibilidade de leitos revertidos para os casos de COVID-19. Os serviços de saúde se reorganizaram para o atendimento dos pacientes com COVID-19 em relação ao AVC. Ocorreu também maior ocupação dos serviços essenciais para diagnóstico do AVC, como o setor de tomografia computadorizada em decorrência de auxílio diagnostico aos pacientes com COVID-19. Os objetivos foram comparar os efeitos da pandemia da COVID-19 nas admissões hospitalares dos pacientes com AVC no período pré-pandêmico e pandêmico e verificar a associação entre variáveis sociodemográficas e clínicas dos pacientes admitidos com AVC durante o período pré-pandêmico e pandêmico. Trata-se de estudo comparativo realizado em hospital terciário e público, localizado em Salvador – BA. Os dados foram de fontes secundárias, obtidos de consulta aos prontuários de pacientes com AVC internados no hospital no período pré-pandêmico e pandêmico, resultando em 1581 pacientes. Teve como variável dependente o período de atendimento à vítima de AVC (antes da pandemia e durante a pandemia) e como variáveis independentes: dados sociodemográficos (idade, sexo, raça/cor, cidade de moradia, estado civil) e clínicos da doença (comorbidades, passado de AVC, motivo da internação, diagnósticos médicos, tempo de internação na Unidade de AVC e em outras unidades do hospital, data do evento e turno em que foram reconhecidos sintomas, transporte utilizado, NIHSS da admissão, se fez trombólise venosa ou outro tipo de tratamento e desfecho final, tempo de chegada no hospital, tempo tomografia, tempo porta agulha). Os dados foram processados através do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Para análise foram utilizadas a estatística descritiva bem como foram aplicados os Teste T, teste de Qui-quadrado e Teste de Mann-Whitney, considerado nível de significância de 5%. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob o CAAE: 55068121.4.0000.5028. A idade média dos pacientes foi de 64,6 ±14,3 anos e a amostra foi predominantemente de pretos e pardos. Houve redução estatisticamente significativa de solteiros admitidos pelo AVC na pandemia. Evidenciou-se que nos períodos analisados 81,5% dos casos foram de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, 17,2% de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico e 1,3% de Acidente Isquêmico Transitório. Resultado positivo para COVID-19 foi obtido em 2,3% dos testes realizados na admissão dos pacientes. Houve mais paciente com dislipidemia no período da prépandemia, redução do etilismo na pandemia e mais paciente com AVC prévio na pré-pandemia. Na pandemia, houve diferença estatística para redução do tempo de trombólise venosa, mas com redução da realização da trombólise venosa. Também aumentou os atendimentos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), dos 278 pacientes que realizaram a trombólise venosa, 71,6% chegaram ao hospital através do serviço móvel de urgência. Contudo, observou-se aumento no tempo de chegada ao hospital. Apesar da pandemia, os resultados demonstraram que o hospital referência para AVC forneceu atendimento comparável ao período anterior a pandemia. Provavelmente o treinamento adicional e reorganização do sistema de atendimento garantiu o cuidado necessário às pessoas acometidas por AVC. |