Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Maeda, Andreza Gomes da Silva Nishimoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04112024-081651/
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Resumo: |
O acidente vascular cerebral (AVC) é responsável por elevadas taxas de internação hospitalar, incapacidade e mortalidade. Trata-se de uma emergência médica que deve ser atendida imediatamente após o início dos sinais e sintomas e possui critérios rigorosos para o tratamento. Dessa forma, o conhecimento das principais características dos casos de AVC é fundamental na abordagem dos pacientes e podem ser obtidas por meio de ferramentas da Saúde Digital como os sistemas de informação e aplicativos, que ganharam maior notoriedade durante a pandemia da COVID-19. Sendo assim, o objetivo do estudo foi verificar as contribuições da Saúde Digital no atendimento de AVC isquêmico (AVCI) nos períodos pré-pandemia, pandemia e pós-pandemia da COVID-19 em um hospital filantrópico, por meio da caracterização sociodemográfica, clínica e de atendimento. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional descritivo e retrospectivo, com dados de pacientes com AVCI admitidos na Santa Casa de Misericórdia de Ituverava-SP, em três períodos: pré-pandemia (16/05/2019 a 11/03/2020); pandemia (12/03/2020 a 22/04/2022) e póspandemia (23/04/2022 a 23/04/2023). O perfil sociodemográfico, clínico e de atendimento foi obtido por meio da consulta ao sistema de prontuário eletrônico e do aplicativo Join®. Os resultados mostram que foram registradas 338 admissões no Pronto Atendimento de pacientes com suspeita de AVC, sendo 64,20% diagnosticados com AVCI. Entre os casos, houve predomínio de mulheres na pré e pós-pandemia (60,6% e 59,5%, respectivamente), de pessoas com 70-79 anos (pandemia e pós-pandemia) e de 50-59 anos (pré-pandemia), procedentes de Ituverava e tinham a hipertensão arterial e diabetes mellitus como os principais fatores de risco. Durante a pandemia, houve maior registro de pacientes trombolisados (52,39%) e, na pré-pandemia, de não trombolisados (57,58%). A contraindicação para uso do trombolítico foi a chegada do paciente fora da janela terapêutica, em todo o período (55,46%). O tempo de ictus até a chegada ao hospital foi menor na prépandemia (até 60 minutos) do que na pandemia (> 270 minutos) e no pós-pandemia (150 minutos). O tempo porta-agulha foi de até 60 minutos e até 90 minutos (15,15%, cada) na pré- pandemia, e de até 60 minutos no pós-pandemia (17,72%). O tempo de permanência entre os pacientes trombolisados foi de mais de 96 horas, nos três períodos (44,96%). Para os não trombolisados, também prevaleceu o mesmo resultado, exceto na pré-pandemia, que foi de até 96 horas (42,20%). O tipo de saída mais registrado em todo o período foi a alta hospitalar, sendo que o óbito foi maior entre os não trombolisados. Os resultados evidenciam que o conhecimento de características sociodemográficas, clínicas e de atendimento de pacientes com AVCI por meio de ferramentas da Saúde Digital, favorece a obtenção de informações e otimização da abordagem diagnóstica e direcionamento do tratamento desses pacientes, assim como fornece suporte para ações à nível estratégico e de gestão para a melhoria do atendimento dos casos de AVCI no município e na região. |