(Des) universalizando o cuidar: narrativa das mulheres negras “mães sociais” que realizam trabalho do cuidado remunerado nas unidades de acolhimento para crianças e adolescentes em Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Gislayne de Santana lattes
Orientador(a): Andrade, Darlane Silva Vieira lattes
Banca de defesa: Andrade, Darlane Silva Vieira, Passos, Rachel Gouveia, Macedo, Márcia dos Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39825
Resumo: A presente dissertação apresentou debates sobre trabalho do cuidado e mulheres negras, a partir da pesquisa exploratória acerca da atuação de “mães sociais” em unidades de acolhimento para crianças e adolescentes em Salvador, Bahia. O estudo teve como finalidade conhecer e compreender as expressões do trabalho do cuidado na vida dessas mulheres, pontuar questões invisibilizadas, a partir do feminismo decolonial, verificando de que modo a colonialidade e o racismo genderizado estavam presentes no trabalho de cuidado remunerado realizado por elas. Para isso, apresentou os contornos e elementos que permeiam o trabalho de cuidado no Brasil e suas particularidades em instituições que acolhem crianças e adolescentes, observando as condições de trabalho e como o trabalho de cuidado é desenvolvido pelas mulheres negras que atuam como “mães sociais” nas unidades de acolhimento para crianças e adolescentes em Salvador. Para tanto, foram realizadas revisões bibliográficas, análises documentais de sete unidades de acolhimento na cidade, e entrevistas semiestruturadas com quatro mulheres que trabalham nessas instituições como “mães sociais”. A partir dos dados, foi visto como o trabalho dessas mulheres se pauta em construções sociais e racializadas do cuidado, reverberando na sobrecarga de trabalho e baixos salários. Enfatizo a necessidade de aprofundamento sobre as abordagens pontuadas, que perpassam diversas áreas, sobretudo, a da função das “mães sociais”, dos direitos para crianças e adolescentes, bem como a necessidade de novas reflexões sobre a categoria trabalho e sobre a (des)universalização nos estudos em torno de gênero e trabalho do cuidado.