Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Verônica Souza de |
Orientador(a): |
Souza, Edinilsa Ramos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36286
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação foi conhecer as experiências de mães integrantes de grupos de militância social que perderam seus filhos, em sua maioria jovens negros do sexo masculino, em decorrência da violência de Estado. Por objetivos específicos, buscou-se mapear suas trajetórias de militância; conhecer e dar visibilidade para os seus relatos de enfrentamento da violência de Estado; relatar as condições de morte de seus filhos; e lançar um olhar sobre os processos de adoecimento apresentados por elas. A escolha dessas mães se deu por elas representarem as vítimas preferenciais da violência institucional perpetrada na esfera pública, sendo os seus filhos os alvos recorrentes do sistema de segurança pública, de acordo com as estatísticas oficiais apresentadas na Introdução deste estudo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida utilizando-se o grupo focal e as entrevistas narrativas como ferramentas metodológicas para acessar as histórias dessas mulheres. Buscou-se avaliar o impacto gerado por essas mortes nas vidas dessas co-vítimas/sobreviventes de homicídio a partir dos caminhos que as trazem a esse desfecho. Para isso, foi realizado um levantamento teórico dos elementos essenciais para a discussão do tema, quais sejam: racismo, maternidade negra, militância de mães e genocídio negro, em um esforço para apontar os marcos históricos decisivos para entender a realidade sobre a qual discorre este estudo. A partir dessas histórias, os resultados foram discutidos na tentativa de apontar quais dos processos de adoecimento parecem ter ligação com a execução de seus filhos e quais mecanismos de enfrentamento surgem a partir desta nova conjuntura, destacando-se a importância da militância na vida dessas mães no processo de ruptura com as narrativas oficiais e de resistência na luta por justiça e reparação. |