UTILIZAÇÃO DO PRODUTO CAXP COMO BIOMARCADOR PROGNÓSTICO EM CÃES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA E SUA CORRELAÇÃO COM O PTH

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cardoso, Paula Gabriela da Silva
Orientador(a): Peixoto, Tiago da Cunha
Banca de defesa: Lima, Alessandra Estrela da Silva, Simas, Monica Mattos Santos, Moroz, Ludmila Rodrigues
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31786
Resumo: A doença renal crônica (DRC) é a afecção renal mais frequente em cães e gatos adultos e idosos, sendo considerada uma importante causa de morte, por cursar com a perda progressiva e irreversível de massa funcional e/ou estrutural. Os protocolos terapêuticos visam aumentar a sobrevida, que pode reduzida por diversos fatores, entre eles toxinas urêmicas, anemia e caquexia. Entretanto, dados sobre a sobrevida global e a influência de biomarcadores prognósticos na sobrevida de cães azotêmicos são escassos na literatura internacional e inexistem em Brasil. Desta maneira, objetivou-se avaliar correlações entre a sobrevida e biomarcadores prognósticos, visando se estimar a sobrevida e o risco de morte em até 30 dias de cães com DRC, além de se determinar o tipo de mineralização que ocorre na doença, que ainda é controverso. Foram avaliados os aspectos epidemiológicos, clínico-patológicos e laboratoriais de 40 cães com DRC com diferentes graus de azotemia. A sobrevida global varia significativamente de acordo com o grau de azotemia (leve, moderada e severa), sendo em média de 19,5; 131,5 e 401,1 dias, respectivamente. O escore de condição corporal, hematócrito, produto cálcio-fósforo (PCF), creatinina, fósforo e PTH séricos demonstraram ser importantes biomarcadores de prognóstico da DRC, pois influenciam significativamente a sobrevida de cães com azotemia. O PCF é uma alternativa de baixo custo para se inferir os valores de PTH. As mineralizações de tecidos moles em cães com uremia são do tipo distrófica, visto que ocorrem associadas a lesões teciduais e/ou vasculares prévias na ausência de hipercalcemia ionizada. O sistema de avaliação clínico-laboratorial de cães com azotemia (SACLCA) aqui proposto pode ser adotado na rotina clínica por veterinários, para se estimar a sobrevida média em aproximadamente 480, 126 e 46 dias de cães com DRC e o risco de morte em até 30 dias. Esse conhecimento pode orientar os clínicos na adoção de estratégias terapêuticas visando prolongar a sobrevida do animal.