Dopplerfluxometria na avaliação da doença renal em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lotério, Mayara Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23985
Resumo: A doença renal apresenta alta morbidade e seu curso pode ser crônico ou agudo. Para o reconhecimento da doença renal a creatinina é o analito mais frequentemente medido embora possa ser uma ferramenta pouco sensível, principalmente para a injuria renal aguda. A avaliação ultrassonográfica em modo B pode ter seus dados morfológicos acrescidos de informações sobre o fluxo sanguíneo e a resistência vascular dos rins através do uso do Doppler, sendo os índices derivados do Doppler potenciais marcadores de alterações no fluxo sanguíneo e na resistência vascular renal. Assim, utilizando índice resistivo (IR) e índice de pulsatilidade (IP), além de técnicas ultrassonográficas de modo B, Doppler colorido objetivou-se analisar o potencial do ultrassom para detectar a lesão renal em pacientes caninos que apresentavam doenças naturalmente ocorridas. Na avaliação Doppler do grupo Controle, a média do IR das artérias renais foi de 0,64±0,09 e para as artérias interlobares obteve-se média de 0,64±0,07. E para os IP os valores médios das artérias renais foram de 1,15±0,33 e para as artérias interlobares 1,10±0,25. Nota-se que os IR do grupo Piometra em M0 foram maiores do que no grupo Controle e mesmo foi verificado para M1. Observa-se também diferença significativa (p<0,05) ao comparar os valores de IP do grupo Controle aos valores de IP do grupo Piometra em M0 e M1, de forma que os IP do grupo Piometra são maiores que os do grupo Controle. Quanto aos valores séricos de creatinina, somente em uma cadela (4%) do M0 apresentaram valor sérico de creatinina acima dos valores de referência e os valores de creatinina não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre M0 e M1. Para o grupo Cardiopata a comparação dos valores de IR e IP com os respectivos índices do grupo Controle mostraram que as medidas dos índices IR e IP referentes ao grupo Cardiopatas são maiores do que às verificadas no grupo Controle, assim como para os valores valor considerados padrão de normalidade pela literatura. Correlação foi investigada entre os dois índices e valores de creatinina sérica e, apenas para o grupo Cardiopatas, com o grau de doença cardíaca, idade, dose de enalapril e diurético associado ao enalapril. Apenas um animal no grupo piometra apresentou creatinina sérica acima do valor de referência. No grupo Cardiopatas, o número de animais que apresentaram valores de creatinina acima da referência aumentou ao longo do tempo e uma correlação positiva fraca foi encontrada para ambos os índices. No presente estudo, observou-se que em ambos os grupos Piometra e Cardiopata, os valores de IR e IP foram significativamente maiores do que aqueles do grupo Controle em todos os momentos de avaliação. Concluímos que o IR e o IP são melhores instrumentos para detectar a lesão renal do que a creatinina sérica.