(Re) invenções contemporâneas do “gênio inventor”: o traço das oposições em adaptações fílmicas de Macbeth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brilhante, Lucyana do Amaral
Orientador(a): Ramos, Elizabeth Santos
Banca de defesa: Ramos, Elizabeth Santos, Oliveira, Marinyze das Graças Prates de, Farias, Sérgio Coelho Borges, Cruz, Décio Torres, Lopes, Cássia Dolores Costa
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28993
Resumo: Esta tese tem por objetivo analisar quatro traduções fílmicas contemporâneas do texto dramático Macbeth, de William Shakespeare: Scotland, P.A. (2001), dirigido por Billy Morrissette; Macbeth (2005), uma produção para o projeto da BBC Shakespea-ReTold, dirigido por Mark Brozel; Maqbool (2004), filme indiano dirigido por Vishal Bhardwaj e Macbeth (2006), produção australiana dirigida por Geoffrey Wright. De acordo com diversos críticos, a obra shakespeariana enfatiza, notadamente, a expressão simultânea de sentimentos e valores opostos, por meio da linguagem e de uma série de imagens evocadas pelo texto. Assim, nossa análise das adaptações de Macbeth verifica como as reescrituras contemporâneas da obra shakespeariana (re)significam esse traço das contraposições. Nosso referencial teórico funda-se nos conceitos de reescritura (Andre Lefevere), dialogismo (Mikhail Bakhtin), intertextualidade (Julia Kristeva) e transtextualidade (Gérard Genette). Ao longo da tese, defendemos a percepção da adaptação fílmica como um processo tradutório e, nessa perspectiva, destacamos a importância do contexto na produção dos significados. Afinal, se não existe texto estável e independente das interposições do contexto em que ele se inscreve, não se pode compreender a tradução como uma atividade de mera transposição de significados fixos. Nossa análise da tradução de Macbeth não se edifica, portanto, na necessidade de vincular as adaptações ao texto de partida a partir de relações especulares. Ao contrário, nosso intuito é perceber que sentidos, ou novas significações, foram gerados no processo tradutório. Nossa pesquisa enfatiza, ainda, as relações intertextuais estabelecidas entre a peça shakespeariana, as adaptações fílmicas que compõem o corpus da tese e diversas outras obras com as quais dialogam.