Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
GARCIA, PEDRO MACIEL DE PAULA |
Orientador(a): |
Misi, Aroldo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Em Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25826
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Resumo: |
Depósitos cupríferos que abrigam importantes reservas são encontrados nos estados da Bahia e Alagoas, nordeste da Brasil. Estas jazidas, hospedadas por rochas máfico-ultramáficas em terrenos de alto grau, foram submetidas a deformações e processos hidrotermais entre o Neoarqueano e o Neoproterozoico. O Distrito Cuprífero do Vale do Curaçá (DVC) e o depósito de cobre de Riacho Seco (DRS), ambos na região nordeste da Bahia, juntamente com o depósito de Serrote da Laje (SLJE – Arapiraca, Alagoas) compõem a Província Cuprífera do Nordeste Meridional (PCNEM). A presente tese apresenta um modelo tectônico-metalogenético integrado da região nordeste do Cráton do São Francisco (CSF) e suas faixas marginais, à luz de novos dados geoquímicos, geocronológicos e isotópicos dos depósitos da PCNEM e das ocorrências de cobre do nordeste baiano. Foram visitadas mais de uma centena de ocorrências cadastradas à época, além de novos registros adicionados à esta relação. As áreas visitadas no Bloco Serrinha foram consideradas as mais promissoras para a descoberta de novas mineralizações de cobre, especialmente na região de Uauá (Rio Capim), devido à associação hidrotermalismo-rochas máficas observada em um depósito de malaquita de pequeno porte. As áreas estudadas no Bloco Gavião Norte, Rio Salitre e Serra de Jacobina, apresentam menor favorabilidade para mineralizações de cobre. Idades U-Pb inéditas e isótopos Lu-Hf, integrados a dados litogeoquímicos, indicam um riftemanto riaciano no Rio Salitre (U-Pb em metarriolito: 2161,1±4 Ma) e confirmam uma colocação orosiriana do Granito de Campo Formoso (2073±10 Ma). As mineralizações de calcopirita e bornita do DVC são hospedadas por corpos piroxeníticos e noríticos colocados em zonas de cisalhamento N-S e NNW-SSE, que cortam ortognaisses. Esses litotipos, neoarqueanos, são intrudidos por intrusões ultramáficas e granitoides de composição diversas, de idade orosiriana. Esta tese registrou a presença de magmatismo piroxenítico (2056±9,2 Ma) e granítico (2044,4±2,5 Ma) pós orogênicos no Vale do Curaçá. Zonas de alteração ricas em plagioclásio, microclina e biotita-flogopita foram descritas, estas últimas, restritas aos corpos máfico-ultramáficos, estão associadas a relevantes concentrações de sulfetos de Cu e magnetita hidrotermais. Análises litogeoquímicas e isotópicas Sm-Nd indicam mobilidade nos ETRL, associada às alterações com plagioclásio e biotita-flogopita. Isótopos estáveis – 18O, D, 34S, 56Fe e 65Cu – confirmam a natureza magmático-metamórfica dos fluidos que reconcentraram e foram responsáveis por novas mineralizações no DVC. Dados U-Pb e Lu-Hf indicam uma história polifásica, desenvolvida no Neoarqueano (2634±48 Ma), Paleoproterozoico (2037±14 Ma) e Neoproterozoico (600±18 Ma) para os depósitos de Riacho Seco. As mineralizações no DRS ocorrem como disseminações de calcopirita e bornita em anfibolitos, localmente alterados à biotita. Mineralizações de Fe-V e Cu ortomagmáticos, com remobilizações hidrotermais de Cu-Au em dois estágios, são descritos na intrusão estratiforme de SLJE. Com uma paragênese metamórfica de alto grau, as remobilizações de calcopirita, bornita e calcocita estão associadas a zonas de alteração hidrotermal com hornblenda, biotita ou veios de quartzo. O modelo tectônicometalogenético proposto, integrando todas as áreas estudados, salienta a importância dos eventos metalogenéticos neoarqueanos e paleoproterozoicos, e da deformação Brasiliana na gênese e configuração atual dos depósitos e ocorrências estudados. |