Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira , Luís Rodrigues dos Santos de |
Orientador(a): |
Misi, Aroldo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21575
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Resumo: |
A área de estudo está localizada na região norte do Estado da Bahia, no município de Juazeiro. Tectonicamente está inserida no Complexo Rio Salitre, que é uma sequência metavulcanossedimentar metamorfisada na fácies xisto verde. Os primeiros estudos sobre as ocorrências de fosfato na região de Juazeiro foram realizados no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, localizados na Ilha do Fogo e no Serrote da Batateira. A mineralização de fosfato está hospedada em em um cinturão descontínuo de rochas metamórficas paraderivadas, constituídas por quartzito calcissilicático, quartzito com diopsídio e tremolita-quartzito. Nas imediações desses depósitos ocorre uma série de colinas chamadas Serra do Velho Firmino, Serra dos Espinhos e Serrote do Sacrabetó, que são possíveis alvos para exploração de fosfato sedimentar. As litofácies mineralizadas foram sujeitas a, pelo menos, dois eventos orogênicos. O evento mais antigo (final do Paleoproterozoico) foi o metamorfismo regional com grau variável, de xisto verde a anfibolito baixo, associado com granitóides sin-orogênicos, acompanhado por deformação polifásica. O objetivo geral do presente estudo foi caracterizar os fosfatos em seus aspectos petrogenéticos, litogeoquímicos e geocronológicos. Os objetivos específicos foram: (i) executar um mapeamento geológico, a fim de definir a mineralização e suas rochas hospedeiras, e uma tentativa de correlacionar estratigraficamente as camadas mineralizadas; (ii) realizar estudos petrológicos e litogeoquímicos das sequências metassedimentares, com foco nas camadas de fosfato, buscando decifrar sua evolução, e (iii) executar datações Sm-Nd em formações ferríferas bandadas (BIFs), que são intercalados na sequência metassedimentar. A partir dos dados de campo e litogeoquímica foi possível caracterizar cinco unidades litoestratigráficas correlacionados nos principais conjuntos de colinas, que variam de pelíticas na base, carbonática/calcissilicáticas com intercalação de BIF e quartzo-terrígenas na porção intermediária, bem como pelitica e quimica no topo. A sequência intermediária é mineralizada com apatita, que é disseminada principalmente em rochas calcissilicáticas. Anomalias negativas de Ce, quando normalizado para PAAS, indicam condições de deposição variando de sub-óxica para anóxica, em uma plataforma proximal, representada pela Serrote da Batateira, Ilha do Fogo e Serra dos Espinhos. Anomalias positivas de Eu podem ser associados a diferentes intensidades de fluxo hidrotermal durante a deposição e/ou ocasionadas pelas alterações durante o metamorfismo. Relações isotópicas de 147Sm/144Nd, que variam de 0,12 a 0,14, associadas a valores εNd que variam de -4,86 para -5,66, sugerem fontes crustais com rochas mais diferenciadas. Os dados geocronológicos de Sm-Nd sugerem uma idade de 2021±97 Ma para a sequência plataformal que hospeda as mineralizações de fosfato. As principais fácies mineralizadas foram depositadas em ambiente plataformal marinho variando de raso a profundo, O controle de mineralização é essencialmente estratigráfico, condicionado tanto por processos orgânicos quanto inorgânicos. Estes dados estão de acordo com um modelo aceito para a formação de fosforitos precambrianos. Espera-se que os resultados do presente estudo contribuam para a melhor compreensão da fosfogênese no setor nordeste do Cráton São Francisco, relacionado com a evolução da bacia paleoproterozóica. |